Morre Dorval, craque do Santos, parceiro de Pelé, campeão pelo Athletico
Um dos maiores ídolos da história do Santos, o ex-atacante Dorval morreu neste domingo aos 86 anos de idade. Ele estava internado na Casa de Saúde de Santos "com quadro clínico delicado, com muita tosse", de acordo com comunicado do próprio clube. Dorval também defendeu o Athletico e foi campeão pelo clube em 1970, do Estadual.
Segundo familiares, o velório será realizado no Salão de Mármore, na Vila Belmiro, em horário ainda a ser divulgado. A direção do Santos decretou luto de sete dias.
"Dorval é um dos jogadores inesquecíveis, que ajudou a construir essa linda história do Santos. Merece todas as reverências por sua trajetória. O Santos perdeu um de seus maiores ídolos hoje", lamento o presidente do Santos, Andres Rueda.
Nascido em Porto Alegre, em 26 de fevereiro de 1935, Dorval Rodrigues desembarcou no time da Vila Belmiro em 1957 e fez história, ao lado de outros ídolos, como Pelé e Pepe. Na década seguinte, chegou a compor o que os torcedores chamaram de "Ataque dos Sonhos", jogando com o próprio Pelé, Pepe, Mengálvio e Coutinho.
Dorval participou das conquistas da Copa Libertadores em 1962 e 1963 e dos Mundiais, nos mesmos anos. Em nível nacional, esteve no time santista campeão brasileiro em 61, 62, 63, 64 e 65 e campeão paulista em 58, 60, 61, 62, 64 e 65.
No total, o ex-atacante somou 612 jogos com a camisa do Santos. É o quinto mais jogos entre todos os jogadores da história do clube. Ele também se destacou balançando as redes. Com seus 194 gols, é o sexto maior artilheiro da história do clube.
O craque chegou ao Athletico em 1968, no time recheado de estrelas nacionais montado pelo presidente Jofre Cabral e Silva, que contava ainda com Bellini, Zé Roberto, Nílton Dias, Nilson Borges, Djalma Santos e Sicupira.
Ficou na Baixada até 1971, quando se transferiu para um time da Venezuela. Antes, entretanto, foi campeão do Paranaense de 1970, título especial na galeria rubro-negra, que afastou o Furacão de um jejum de 12 anos sem conquistas.
O Furacão se manifestou nas redes sociais:
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Ex-parceiros em campo, Pelé e Pepe lamentam morte do ex-atacante Dorval
Ex-companheiros no time do Santos, Pelé e Pepe lamentaram neste domingo a
morte do ex-atacante Dorval, aos 86 anos. O trio e mais Mengálvio
formaram o chamado "Ataque dos Sonhos" na equipe santista na década de
60.
"Todos que amam futebol acordaram tristes hoje. Meu grande amigo,
parceiro e o melhor ponta-direita da história, Dorval, se despediu de
nós. O Santos perdeu um herói. O futebol perdeu um gênio. Descanse em
paz, meu amigo", disse Pelé. "Adeus, amigo Macalé! Descansou... Vá em
paz. Coração triste demais. Que Deus conforte a sua família", comentou
Pepe.
Atual executivo de futebol do Santos, Edu Dracena também lamentou a
morte do ídolo. "Muito triste com a partida do nosso ídolo eterno
Dorval, membro do maior ataque de todos os tempos! Obrigado por ter
ajudado a construir a história mundialmente conhecida do Santos Futebol
Clube. Nós, que jogamos no Clube muitos anos depois, devemos a estes
heróis a gratidão de termos herdado um Santos gigante. A luta de cada
atleta deve ser, sempre, por honrar o legado de ídolos como o Dorval.
Porque ídolos ficam para sempre. Descanse em paz, Dorval."
Dorval participou das conquistas da Copa Libertadores em 1962 e 1963 e
dos Mundiais, nos mesmos anos. Em nível nacional, esteve no time
santista campeão brasileiro em 61, 62, 63, 64 e 65 e campeão paulista em
58, 60, 61, 62, 64 e 65. No total, o ex-atacante somou 612 jogos com a
camisa do Santos. É o quinto mais jogos entre todos os jogadores da
história do clube. Ele também se destacou balançando as redes. Com seus
194 gols, é o sexto maior artilheiro da história do clube.
Antes de chegar ao time da Vila, Dorval viu seu futebol ser renegado em
equipes como Grêmio, Corinthians e Flamengo, porque já havia jogadores
na posição. Estreou pelo Santos no dia 7 de setembro, contra o
Corinthians de Santo André, na mesma partida em que Pelé marcou o
primeiro gol com a camisa santista. Na década seguinte, se firmou como
titular na equipe do técnico Lula.
Ele também vestiu a camisa da seleção brasileira. Foram 13 partidas,
entre 1959 e 1963. Dorval ainda defendeu as cores do Juventus-SP,
Racing, da Argentina, Athletico-PR, Valencia, da Venezuela, e do
SAAD-SP, onde encerrou a carreira em 1972.
Em 2016, Dorval foi um dos ex-jogadores do Santos a entrar para a
calçada da fama do Museu Pelé, ao lado de Mengálvio, Coutinho, Pepe,
Lima, Juary e Léo. No ano seguinte, a homenagem foi em outro lugar. No
aniversário de 105 anos do Santos, em 2017, o ex-atacante e os antigos
parceiros de ataque do Ataque dos Sonhos foram prestigiados pelo clube e
também gravaram os seus pés no Memorial de Conquistas da Vila Belmiro.