Momento, destaques, pontos fracos e time-base: raio-X da LDU
O Athletico tem pela frente a LDU nas quartas de final da Sul-Americana. A primeira partida será nesta quinta-feira (12), às 19h15, no Estádio Paz Delgado, também conhecido como Estádio Casablanca, em Quito.
Já a volta, na Arena da Baixada, será na quinta-feira, dia 19, também às 19h15.
"Sabemos que jogar em Quito é difícil, a LDU é muito forte, e sempre que veio ao Brasil criou problemas para as equipes brasileiras", disse o diretor técnico Paulo Autuori, após a definição da equipe equatoriana como adversária do Furacão.
O vencedor do duelo enfrenta quem passar de Penãrol x Sporting Cristal.
O UmDois Esportes preparou um raio-x sobre o adversário do Furacão:
História e títulos
Chamada de "Rey de Copas”, a Liga Deportiva Universitaria de Quito, a popular LDU, foi fundada há 102 anos, em outubro de 1918, por alunos da Universidade Central do Equador. É o quarto time com mais títulos equatorianos (11), atrás de El Nacional (13), Emelec (14) e Barcelona de Guayaquil (16).
Os maiores títulos da LDU foram a Libertadores (2008, contra o Fluminense), a Copa Sul-Americana (2009, também contra o Fluminense) e a Recopa (2009 e 2010).
A equipe ainda foi finalista da Sul-Americana em 2011 (perdeu
o título para a Universidad de Chile) e chegou até as semifinais em 2004 e
2010.
Nas duas últimas temporadas, porém, a equipe perdeu o título do Campeonato Equatoriano para Delfín (2019) e Barcelona (2020). Porém, em junho, a LDU conquistou o bicampeonato da Supercopa do Equador, ao bater o Barcelona.
Onde joga
A LDU manda seus jogos no Estádio Rodrigo Paz Delgado, em Quito, também conhecido como Casablanca e “La Maravilla de Ponciano”.
Curiosamente, a primeira partida foi contra um time brasileiro, o Atlético-MG,
em março de 1997. O time equatoriano venceu o amistoso por 3 a 1.
O Casablanca se localiza a 2,8 mil metros de altitude e pode receber até 41 mil torcedores.
+ Estádio Casablanca, o "terror" dos times brasileiros na altitude de Quito
Como chega?
Na atual edição da Sul-Americana, a equipe eliminou o Grêmio nas oitavas - perdeu por 1 a 0
em casa na ida e venceu de virada por 2 a 1 em Porto Alegre, ficando com a
vaga.
A LDU entrou na Sul-Americana depois de ter sido eliminado na fase de grupos da Libertadores. O Flamengo (12 pontos) e o Vélez Sarsfiel (10) se classificaram. Foram duas vitórias, duas derrotas e dois empates, com 15 gols marcados e 13 sofridos.
É a 12ª participação da LDU no torneio, onde foi campeão em 2009, contra o Fluminense.
+ Confira a tabela da Sul-Americana!
No Campeonato Equatoriano, a equipe ocupa a sétima colocação
na tabela no segundo turno, entre 16
times, após três rodadas disputadas. No país, são dois turnos com 15 rodadas
cada. O Emelec venceu o primeiro turno.
Técnico
A LDU mudou o comando há dois meses. O uruguaio Pablo Repetto foi demitido em junho
devido aos maus resultados e desempenho da equipe.
Repetto estava à frente do time desde 2017. No ano seguinte,
ele foi campeão equatoriano após derrotar o Emelec. Porém, amargou dois vices
nas últimas temporadas. Em 2019, a LDU perdeu o título para o Delfín, e em 2020
para o Barcelona. Considerando somente 2021, o técnico comandou a equipe em 20
jogos, com sete vitórias, nove empates e quatro derrotas.
Atualmente o técnico é o argentino Pablo Marini, que assumiu a equipe em julho. Ele estreou contra o Grêmio e tem o jogo ofensivo como principal característica.
Opinião
O analista de desempenho Jonathan Moncayo, de Guayaquil, opina sobre como chega a LDU para enfrentar o Furacão.
“Acredito que há muito respeito pelo Paranaense, e duvido que a LDU se vê como favorita, porque sabem que eliminou um Grêmio que provavelmente está passando pelo seu pior momento nos últimos dez anos”, disse em entrevista ao UmDois Esportes.
Destaques
O atacante paraguaio Luis Amarilla, de 25 anos, é um dos destaques da LDU. Na atual temporada são 12 gols em 22 jogos, contando com a Supercopa do Equador.
“Amarilla é um jogador com mais qualidade. Ainda que ele não esteja em seu melhor momento, está dando tudo o que pode. Mesmo quando não está em um bom dia, pode fazer a diferença e contribuir muito para a equipe. Não é aquele típico camisa 9 que só serve para fazer gols, mas também é importante em todo o jogo coletivo da LDU e o desenvolvimento das jogadas, seja se movimentando pelas pontas ou também se juntando aos meias”, avalia Moncayo.
Pontos fracos
“Repetto era um treinador com estilo de jogo conservador e
defensivo, que esperava mais os erros dos rivais. Agora, com Marini, é um
estilo totalmente oposto. É um treinador que tem vocação ofensiva e busca
agredir o time adversário, mas a equipe apresenta muitos problemas defensivos.
Os laterais sobem muito e deixam a defesa muito exposta. Pelo desempenho no
Campeonato Equatoriano, já começaram as primeiras críticas por parte dos
torcedores ao trabalho do Marini”, opina o especialista equatoriano.
Esquema tático etime-base
A LDU joga no esquema 4-2-3-1, com uma linha de quatro clara,
com dois homens de contenção, com um meia, dois pontas e um centroavante.
A equipe deve jogar contra o Athletico com Gabbarini; Perlaza, Franklin Guerra, Luis Caicedo e Cruz; Ezequiel Piovi, Jordy Alcívar, Matías Zunino e Adolfo Muñoz (Nilson Angulo); Jhojan Julio e Luis Amarilla.