Moderno e tecnológico: conheça mais do Estádio UNO, do Estudiantes
Na avenida 1, entre as calles 55 e 57, fica o Estádio Jorge Luis Hirschi, o UNO, o mais moderno e tecnológico da Argentina.
Inaugurado em 30 de novembro de 2019, a cancha ficou fechada por mais de 14 anos para uma reconstrução. O estádio antigo, que havia sido inaugurado em 1907, foi todo demolido em 2007.
O último jogo no antigo campo foi em 28 de agosto de 2005, em um clássico da cidade em que o rival Gimnasia venceu por 1 a 0 com gol de José Luis Calderón. Após esse encontro, o antigo de madeira foi fechado e o Estudiantes viveu uma peregrinação passando por Quilmes, o Estádio Ciudad de La Plata, Arsenal e até o Cilindro de Avellaneda.
Modernidade e tecnologia
O novo estádio possui capacidade para 30 mil torcedores. Sem perder sua identidade original, com as cores vermelha e branca, tem arquibancadas íngremes e bem próximas ao campo. A praça esportiva tem museu, bar temático, pátio gastronômico, lojas e até mesmo um ginásio poliesportivo.
Uma preocupação do clube na construção também foi a sustentabilidade. A iluminação é 100% full led, que melhora a visão dos espectadores e para a televisão, e é bem superior à iluminação tradicional. O clube também reutiliza água da chuva para irrigação do campo.
Além disso, é um estádio totalmente digital, com serviço de Wi-Fi para todos os presentes. E como fica dentro do parque Paseo del Bosque, o objetivo também é manter e cuidar da área verde do seu entorno.
Reinauguração marcante
A reinauguração do Jorge Luis Hirschi foi algo marcante e inédito. Além das tradicionalidades, o que mais chamou a atenção no dia 9 de novembro de 2019 foi a aparição de um leão de fogo em 3D. Ele saiu do telhado, começou a rugir e andou sobre o principal prédio.
Todos os torcedores se surpreenderam e o momento viralizou nas redes sociais. O leão, símbolo do clube, foi projetado com alta tecnologia do local.
No dia 30 de novembro do mesmo ano, Estudiantes e Atlético Tucumán se enfrararam pela 15ª data da Superliga Argentina 2019/20 na primeira partida oficial da cancha. Empate em 1 a 1.
Apenas 50 partidas disputadas
Por ser um estádio novo, o UNO só recebeu até aqui 50 jogos. O duelo contra o Athletico nesta quinta-feira (11), às 21h30, pela partida de volta das quartas de final da Libertadores, então será o de número 51 do local.
Em casa, os pinchas venceram 23 jogos, empataram 15 vezes e perderam 12, com 74 gols marcados e 39 sofridos.
Por esta Libertadores 2022, o Estudiantes está 100% em seu reduto, com 13 gols marcados e apenas um sofrido.
Estátuas do "Léon" e de Carlos Bilardo
Duas estátuas no campo chamam a atenção de quem vai ao UNO: a do leão, seu tradicional mascote, que fica bem na linha de meio campo, e a de Carlos Bilardo, ex-jogador e um dos maiores técnicos do clube - e da Argentina.
A homenagem ao histórico Narigón não é apenas um reconhecimento pelo que fez ao clube, mas também pela filosofia de jogo que já é quase um estilo de vida dos pincharratas, com métodos, muitas vezes, sujos e de covardia com os adversários. Na estátua, Bilardo está em pé acenando ao campo, como se passasse orientações aos jogadores.
Pela equipe argentina, como jogador, foi campeão argentino em 1967 (metropolitano), tricampeão da Libertadores da América em 1968, 1969 e 1970, tendo também conquistado a Copa Intercontinental de 1968 e a Copa Interamericana de 1969. Encerrou a carreira de jogador em 1970. Como treinador, Bilardo ergueu a taça do campeonato argentino (metropolitano) em 1982.
"Boulevard" do Estudiantes e restaurante no campo
Outras peculiaridades do estádio é que, assim como a Arena da Baixada, ele possui um pequeno Boulevard. Com lojas, um polo gastronômico, academia e um área de lazer, o local recebe moradores, torcedores e turistas para uma experiência alternativa mesmo em dias sem jogos.
Dentro do UNO ainda há um restaurante em que torcedores podem almoçar dentro do gramado, com visão privilegiada de todo local.
Nome do estádio
Jorge Luis Hirschi foi um dos fundadores do Estudiantes de La Plata. Médico por formação, também foi atleta, sendo artilheiro do time na ascensão à primeira divisão em 1911 e participando da campanha do título de 1913.
Assumiu a presidência do clube em 23 de janeiro de 1927 até 1932 - quando virou prefeito de La Plata. Sua gestão foi exemplo no Estudiantes, com melhorias no estádio, recrutamento de sócios e bom desempenho em campo. Faleceu em 1970 e recebeu a devida homenagem do clube.