Parceiro de taças, Tiago Nunes brinca sobre Lucho técnico: “Vai ganhar cabelos brancos”; assista!
As últimas grandes conquistas de títulos do Athletico tiveram o carimbo de Tiago Nunes. Em sua passagem pelo Furacão, o técnico escreveu seu nome na história do clube e conseguiu gerir um grupo mesclado por jovens e alguns medalhões. Um desses jogadores experientes foi o volante Lucho González, que completa 40 anos nesta terça-feira (19).
Tiago Nunes e Lucho construíram uma relação de respeito e confiança. Pouco mais de um ano após deixar o Furacão, o treinador brinca sobre as outras preocupações que Lucho deve passar a ter quando virar técnico. Porém, ele acredita que ainda não será agora que o jogador vai pendurar as chuteiras.
“Vai ganhar alguns cabelos brancos, e vai perceber que as demandas às vezes são mais difíceis do que dentro de campo. Mas todos nós ficaremos muito felizes a hora que ele decidir. Acho que vai demorar um pouquinho ainda. Faz algum tempo que a turma quer aposentar o Lucho e ele vai aposentar a hora que ele desejar”, disse em entrevista ao UmDoisEsportes.
Veja o depoimento de Tiago Nunes sobre Lucho González:
Ainda não dá para ter ideia de qual será o estilo e o perfil de Lucho na função de treinador, mas a postura como jogador pode dar um norte de como o argentino se sairá fora das quatro linhas, com seu perfil de liderança.
“Profissional com valores muito claros, de um caráter irretocável. Tem nas suas principais características uma liderança nata, construída através do exemplo no dia a dia, do trabalho com dedicação e colocando os objetivos do clube à frente do seus. Atributos básicos e necessários de um grande treinador, profissão essa que certamente vai exercer com maestria. Conhece muito do jogo dentro de campo, e certamente nós poderemos desfrutar da presença dele fora também”.
"Não era uma disputa por conhecimento e liderança", diz Tiago Nunes sobre Lucho
Tiago Nunes dirigiu o Athletico nas temporadas 2018 e 2019, onde conquistou os títulos da Copa Sul-Americana, J. League/Conmebol e Copa do Brasil. Um ano mais velho que Lucho, o treinador relembrou o convívio com o argentino e suas qualidades.
“Foi um grande prazer ter trabalhado com ele. É um ser humano com valores muito claros, ético, transparente e verdadeiro em suas ações. Pessoas com esse perfil, agregadoras e que pensam no todo acabam sendo agentes transformadores em um grupo. Ele sempre teve uma postura exemplar principalmente pelas atitudes em campo, nos treinos, pelo nível de concentração demonstrado sempre que esteve à disposição”.
O treinador complementa sobre a troca diária que teve com o volante, com quem travava boas discussões e ideias sobre jogo, gestão e futuro, e também quando Lucho não era utilizado.
“Eu sempre me propus a ser um líder servidor que trabalha em prol do trabalho e sempre me coloquei à disposição para debater e discutir. O Lucho sempre foi um expoente nesse sentido, tínhamos o mesmo intuito de vencer, não era uma disputa por conhecimento e liderança, mas perfis que se complementaram dentro e fora de campo na busca pelo bem geral. Nesse sentido sempre conseguimos transformar a nossa relação profissional num ganho mútuo”.
Leia também: Lucho faz 40 anos. A carreira vitoriosa do Comandante e um dilema que o faz sofrer; clique!
