Alvo do Furacão

Lucho relembra saída do Athletico e diz que "futebol os juntaria de novo"

Por
Julio Filho
24/09/2024 10:40 - Atualizado: 24/09/2024 10:40
Lucho González relembrou saída do Athletico em 2022
Lucho González relembrou saída do Athletico em 2022 | Foto: Arquivo/UmDois Esportes

O argentino Lucho González negocia um retorno ao Athletico, desta vez para assumir o cargo de treinador do time principal rubro-negro. Ídolo do Furacão, Lucho é o preferido da diretoria para substituir o demitido Martín Varini.

Esta será a segunda vez que Lucho González integrará a comissão técnica rubro-negra.

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Após defender o clube como jogador entre 2016 e 2021, conquistando o bicampeonato da Sul-Americana e o título da Copa do Brasil, o ex-jogador aposentou-se na Baixada e passou a integrar a comissão permanente do Furacão no CT do Caju.

No início de 2022, Lucho trabalhou ao lado do então técnico, Alberto Valentim – chegando a comandar o time em um Atletiba decisivo do Campeonato Paranaense daquele ano, quando Valentim estava suspenso.

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No entanto, em abril de 2022, quando Valentim foi demitido, Lucho acabou pedindo demissão e também deixando o clube.

"Pedi para sair por uma questão de ética, de respeito, pois foi com ele [Valentim] que cheguei", explicou Lucho, em participação em podcast do UmDois, em julho do ano passado. Confira no final do texto o vídeo completo da participação do ex-atleta.

"Com ele e com o Paulo Autuori, que também teve muito a ver não só coma minha chegada ao Athletico no começo, como jogador, mas também nesta nova função que eu estava exercendo como auxiliar fixo da casa. Então foi por uma questão de ética, de respeito, porque fui educado desta forma", reforçou o argentino.

Lucho projetou reencontro com o Athletico

Na mesma entrevista, Lucho garantiu não ter se arrependido de pedir demissão do Athletico após a saída de Alberto Valentim – e "previu" o reencontro futuro com o Furacão, que pode ser selado nas próximas horas.

"Não me arrependo. Óbvio que tenho um carinho enorme pelo Athletico, continuo falando com as pessoas. O futebol tem muitas idas e vindas e você tem que estar muito preparado. A coisa muda do dia para a noite e tem que se pensar muito bem nas decisões que se toma", analisou.

"Mas eu vivo o dia a dia aqui, e o carinho que as pessoas do Athletico e o respeito que têm por mim é impagável. E a gente sabe que, em algum momento, a vida do futebol nos vai voltar a juntar. Tem que ter paciência e não apressar as coisas", reforçou.

Lucho preza pela posse de bola e revela inspirações

O argentino também detalhou um pouco de suas inspirações e convicções na nova função de treinador, citando nomes como os dos históricos compatriotas, César Luis Menotti, campeão do mundo com a Argentina em 1978; Carlos Bilardo, campeão do mundo com a Argentina em 1986; e Marcelo Bielsa, atual técnico da seleção do Uruguai.

Lucho González

"Eu sou um pouco de todos estes três"

"Mas sou mais Menotti, fiz um curso na escola de Menotti. Ao mesmo tempo, deve-se reconhecer que Bilardo era especialista nos detalhes, na forma defensiva, e que gosto que meus times tenham a posse de bola o tempo inteiro e tentem propor o jogo", continuou.

O jogador, entretanto, fez questão de valorizar os conhecimentos que acumulou com os diferentes treinadores por quem foi comandado na vitoriosa carreira como atleta.

"Sou um obcecado, que gosta de estar no mais mínimo detalhe, que fica puto quando as coisas não acontecem, ou se perdemos por um detalhe", complementou.

Lucho explicou passagem ruim no Ceará

Durante a participação, Lucho González também explicou a passagem ruim que teve no comando do Ceará, em 2022, na primeira experiência como treinador. Ele ficou dez partidas no comando do clube, com somente uma vitória e aproveitamento de 23,3%.

Como um dos motivos para o fracasso no Vozão, Lucho citou a dificuldade de assumir um time que passou por seguidas trocas de treinadores na temporada – justamente o cenário que ele deve encontrar agora no CT do Caju. Naquele ano, o Ceará foi rebaixado no Brasileirão.

"Eu era o quinto treinador lá e estas coisas acabam influenciando a cabeça do jogador, porque o primeiro tem uma metodologia de trabalho, o segundo tem outra e vem o terceiro, o quarto, e tudo isto ao longo de uma temporada", disse.

"Estas coisas acabam influenciando o planejamento, que você não pode realizar, as escolhas que você não pode fazer, e que por aí tem que te tomar decisões que não deveriam ser tomadas neste momento", completou.

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Formado pela UFPR, ingressou na Gazeta do Povo em 2014, como repórter na editoria de Esportes, participando de coberturas de Campeonato Paranaense, Copa do Brasil, Brasileirão, Sul-Americana, Libertadores, Olimpíadas e Copa do Mun...

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