Investidor do Coritiba diz que política ajudou Athletico e opina: "Já é uma SAF"
Ex-presidente do Coritiba e um dos principais investidores individuais da SAF alviverde, Joel Malucelli, apontou a política paranaense como um dos fatores que ajudou o rival Athletico a alavancar sua trajetória no futebol brasileiro.
O empresário foi o convidado da edição especial do podcast Carneiro & Mafuz, e falou sobre o panorama do Coxa no futebol, que tem decepcionado dentro de campo mesmo após a compra da SAF e não deve conquistar o acesso à Série A.
"Eu acho que a Treecorp está aprendendo. O Mario Celso Petraglia também não sabia de futebol. Mas organizou o clube, fez uma potência. E naquela época, em 1995, estávamos na mesma condição que o Athletico", disse o investidor.
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Malucelli foi presidente do Coritiba entre os anos 1996 e 1997, um ano depois que a era Petraglia se iniciou no Athletico. Em 1995, o Furacão foi campeão da Série B e conquistou o acesso junto do rival, Coxa, para a elite do futebol.
Mesmo em em condições semelhantes no futebol, na época, para Malucelli, a aliança do mandatário rubro-negro com o governo do Paraná alavancou o desenvolvimento do clube.
"Jaime Lerner estava do lado do Petraglia, e o Álvaro Dias do meu lado. E quem ganhou a eleição foi o Lerner. E aí houve um diferencial muito grande. Esse diferencial político na época foi muito importante. Depois, na minha sucessão, foi uma alternância de bons e não bons presidentes", destacou.
Petraglia foi coordenador da campanha política de Lerner em 1994, que derrotou Álvaro Dias, e chegou a ser convidado para fazer parte da gestão, mas recusou.
Para investidor do Coritiba, Athletico já é uma SAF
O Athletico está em busca de um comprador para se tornar SAF. Anteriormente, em entrevistas, Petraglia já afirmou que o valor avaliado para uma possível venda seria de cercade R$ 2 bilhões.
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Perguntado se o valor desejado por Petraglia seria viável no contexto brasileiro, Malucelli opinou que o Rubro-negro já é uma SAF.
"Eu acho que o Athletico já é uma SAF e foi a primeira do Brasil. Por dois motivos, niguém trabalha de graça lá e, segundo, já tem dono. São os donos competentes que fizeram do Athletico o que é", afirmou.