Ídolo do Athletico, Nikão cita “gratidão” na volta à Baixada, mas é recebido com indiferença
O reencontro foi estranho, para dizer o mínimo. Não houve vaias em coro, muito menos aplausos coletivos em reconhecimento aos 314 jogos, 49 gols e seis títulos de Nikão com a camisa do Athletico.
O meia atacante de 30 anos, que deixou o Furacão em janeiro como forte candidato a maior ídolo da história do clube, retornou à Arena da Baixada na tarde desse domingo (31), vestindo a camisa do São Paulo. Pela primeira vez, foi visitante no lugar que chamou de casa entre 2015 e 2021.
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"Ah, sem dúvida [foi estranho]. Foi muito tempo entrando por um vestiário e pela primeira vez entrando pelo outro", comentou o Nikão, que foi substituído anos 24 minutos da etapa final.
Pela demora ao sair de campo, recebeu cartão amarelo. Antes disso, tocou na bola 34 vezes, finalizou em uma oportunidade e foi o homem da bola parada do Tricolor. Mas passou longe de mostrar o mesmo brilho dos tempos de Athletico, do cara que decidiu a Copa Sul-Americana no ano passado. Seu papel na equipe paulista, apesar de vestir a 10, também é muito menor agora.
A recepção com certa "indiferença" da torcida, no entanto, faz parte do futebol, entende Nikão. Ouviu alguns xingamentos, claro, coisa que talvez não teria acontecido caso tivesse sido vendido. Porém, como optou por sair em fim de contrato, a situação foi outra.
"Torcedor é isso aí, paixão. Sei que alguns ficaram machucados com minha saída, mas tenho um carinho muito grande, respeito por todos eles. Pagaram ingressos e têm direito de se manifestar, mas independente de qualquer coisa o sentimento de gratidão vai sempre prevalecer no meu coração", relata o jogador.