Após saída conturbada, Felipão reencontra Athletico na Arena
Felipão vai reencontrar o Athletico na Ligga Arena pouco mais de dois meses após a sua saída conturbada. O veterano foi diretor técnico do Furacão e hoje é treinador do Atlético-MG. A partida será neste sábado (2), às 16h, pela 22ª rodada do Brasileirão.
Uma vitória sobre o Galo é fundamental para o Athletico em busca de voltar ao G6. O Furacão está na sétima posição, com 33 pontos - a dois do sexto colocado e a três do quarto colocado. O time mineiro é o nono colocado, com 30 pontos.
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A expectativa deste reencontro é grande, mas a tendência é que Luiz Felipe Scolari não tenha uma boa recepção da torcida atleticana. Scolari, inclusive, quase escapou do retorno à Baixada por conta de um julgamento no STJD, mas o processo dele foi retirado da pauta na quinta-feira (31) e ele virá a Curitiba.
O UmDois Esportes relembra como foi a passagem de Felipão pelo Athletico:
Histórico à frente do Athletico
Felipão desembarcou no Furacão em maio do ano passado para substituir Fábio Carille. O pentacampeão mundial já vinha conversando com o clube, mas para assumir uma posição na gestão do futebol atleticano.
Sob o comando do treinador, o Athletico conseguiu resultados imediatos e históricos com a chegada até à final da Libertadores - quando foi batido pelo Flamengo. E terminou o Brasileirão na sexta colocação, garantindo nova vaga para o torneio continental. No entanto, a forma de jogar do time incomodava a torcida.
Fechada a temporada, Scolari anunciou a aposentadoria. O último jogo como treinador teve placa entregue por Mario Celso Petraglia e volta olímpica com aplausos no estádio atleticano. Ao todo, como técnico, foram 47 partidas, com 22 vitórias, 14 empates e 11 derrotas.
Felipão então indicou seu pupilo, Paulo Turra, para comandar a equipe à beira do gramado. Turra, por sua vez, ficou pouco mais de seis meses à frente do time. O gaúcho de 49 anos dirigiu o Furacão em 35 partidas, com 24 vitórias, 4 empates e 7 derrotas, com aproveitamento de mais de 72%.
Frases polêmicas
Felipão acumulou uma série de frases polêmicas e, em diversas vezes, chegou a diminuir o tamanho do Athletico. Em uma delas, classificou o Furacão como clube "médio grande".
Quando ainda era treinador, em 2022, chegou a dizer que o time não era tão bom quanto a torcida esperava. "Somos um time bom, mas não é essa maravilha que pensamos", falou. Ainda afirmou que Pablo era titular "porque era melhor que Vitor Roque no momento".
Durante sua gestão como diretor técnico do Rubro-Negro, recebeu sondagens de uma seleção do Oriente Médio e afirmou, em uma entrevista à jornalista Nadja Mauad, do ge.com, que não voltaria a ser técnico de nenhuma equipe do Brasil: "Sempre disse que não vou ser mais treinador no Brasil", declarou.
Já nos últimos dias de Athletico, reclamou de vaias da torcida e disse que o trabalho de Paulo Turra era "maravilhoso". "É um trabalho maravilhoso do Paulo em todos os sentidos, desde o começo do ano", comentou Felipão.
Saída conturbada
A saída de Felipão do Athletico foi inesperada. Na mesma semana em que a entrevista de Scolari foi ao ar, o nome dele surgiu forte para assumir o time do Galo. Até na manhã de sexta-feira, dia 16 de junho, data da saída do Furacão, o veterano ainda não havia comunicado o clube da sua decisão.
Foi na hora do almoço que tudo mudou. O pentacampeão mundial aceitou a proposta do Atlético-MG para voltar a ser treinador e queria levar Paulo Turra, que voltaria a ser seu auxiliar. Mas o então treinador do Athletico disse que preferia ficar.
No entanto, o CEO de Negócios, Alexandre Mattos, optou pela demissão do jovem técnico, que, apesar das contestações da torcida, tinha bons números. A atitude de Felipão foi vista como uma "traição" por parte dos rubro-negros, que não devem recebê-lo com animosidade.