O Athletico precisa de apenas um empate contra o Palmeiras, na próxima terça-feira (6), no Allianz Parque, para garantir a vaga na final da Libertadores. E diante desta tarefa – que não é das mais fáceis -, qual será a estratégia de Felipão?
O Furacão tem duas alterntativas: jogar fechadinho lá atrás, segurando a pressão dos donos da casa, ou aproveitar a necessidade do adversário em sair para o jogo e contra-atacar diante dos espaços que vai encontrar. Os comandandos de Luiz Felipe Scolari já jogaram das duas formas, mas agora é o duelo mais decisivo da temporada.
Contra o Flamengo, pela Copa do Brasil, a alternativa de jogar na retranca, em partes, deu certo. Fora de casa, no Maracanã, o Athletico não chegou à meta de Santos, mas segurou como pode a pressão dos cariocas e saiu com um 0 a 0 de bom tamanho. O problema foi adotar a mesma postura em casa e quando levou o gol não conseguiu reagir.
Já diante deste mesmo Palmeiras, pelo Brasileirão, mesmo com um time misto, não se preocupou apenas em se defender e conseguiu um ótimo resultado, sem nem sofrer tanto.
Alex Santana se torna peça fundamental na formação do Athletico
Alternativas que passam diretamente pela formação do meio-campo, mais especificamente Alex Santana. Diante do Flamengo, o Furacão adotou uma formação com três zagueiros e três volantes marcadores, praticamente anulando o setor de criação.
A trinca na defesa, aparentemente, já está descartada. Pelo menos considerando os últimos jogos do Rubro-Negro. Já o meio-campo mudou sua característica com a entrada do autor do gol no duelo de ida.
Alex Santana sabe jogar como segundo volante, mas também tem qualidade para armar jogadas, tem visão para o toque para os companheiros. Isso por si só dá mais mobilidade à equipe.
Desfalque pode ajudar na escolha de Felipão
Outro fator a ser considerado é que o Rubro-Negro não terá o volante Hugo Moura, expulso na Baixada. A tendência é que Erick seja o substituto, mas tira de Felipão a opção de três volantes marcadores.
Desta forma, Erick, Fernandinho e Alex Santana seriam a trinca do meio, com dois homens de velocidade pelos lados – Canobbio e Vitinho, e Vitor Roque mais à frente.
Uma formação com mais agilidade e que nem todas as peças tem como característica a marcação. Ou seja, Felipão pode fechar os espaços lá atrás, com até seis ou sete marcadores sem a bola, mas tendo a velocidade para contra-atacar.
De qualquer forma, os erros cometidos contra o Flamengo podem servir de lição para o Athletico não entrar com o regulamento embaixo do braço e esperar o tempo passar, ao invés de buscar o resultado e ter uma situação mais tranquila em campo.