Ex-atacante Dagoberto entra com pedido no INSS por lesões que sofreu no Athletico
O ex-atacante Dagoberto entrou com pedido no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no ano passado por causa das lesões sofridas quando jogava pelo Athletico, em 2004 e 2006. O atleta foi revelado pelo Furacão e atuou na equipe de 2001 a 2007. A saída foi conturbada e envolveu até processo judicial.
Aos 40 anos, já aposentado do futebol e morando em Curitiba, Dagoberto recorreu ao INSS para solicitar o auxílio. O UmDois Esportes tentou entrar em contato com o ex-jogador, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem, e também teve acesso ao laudo pericial. Já o INSS contesta a requisição judicial e diz que o ex-atacante não tem direito ao benefício.
No documento, o médico perito Tancredo de Almeida Neves Neto constata que Dago tem uma incapacidade de natureza parcial e permanente na perna esquerda por conta das duas lesões que sofreu quando jogava no Rubro-negro.
Realizada no dia 6 dezembro de 2023, a perícia mostra que o ex-atleta ficou com sequelas no joelho esquerdo, com aumento da circunferência da articulação e dificuldade nos movimentos de flexão.
Neto alega no documento que "há comprometimento do ortostatismo prolongado, deambulação frequente, corrida, saltos, chutes, uso regular de escadas, agachamento e manuseio de pesos".
Dagoberto teve lesão grave em momento decisivo
A primeira lesão de Dagoberto no Athletico foi um balde de água fria na carreira do atleta. Em 2004, ele chamava a atenção no Furacão, que estava se destacando no Brasileirão. Com uma ótima campanha, a expectativa era de que o Rubro-negro fosse bicampeão brasileiro.
Na reta final, Dagoberto, que havia marcado 12 gols na temporada, sofreu um rompimento do ligamento cruzado posterior do joelho esquerdo. A grave lesão precisou ser tratada com cirurgia e os médicos reconstuíram dois ligamentos do atacante.
O Athletico acabou vice-campeão e Dago ficou o resto de 2004 e quase todo o ano de 2005 sem jogar. Na época, de acordo com o laudo pericial, recebeu contribuição previdenciária de 17/01/2005 a 24/06/2005.
Desde a alta, o jogador teve suas funções comprometidas, alega o documento. De 2005 até a aposentadoria, em 2019, Dagoberto conseguiu atuar em alto nível e foi outras quatro vezes campeão brasileiro, duas pelo São Paulo e duas pelo Cruzeiro – em 2001, ele fez parte do elenco campeão nacional do Furacão.
Lesão em 2006 e saída conturbada
Em 2006, o atacante teve nova lesão, uma luxação de patela direita, que precisou ser tratada cirurgicamente. Naquele ano, ele foi para o São Paulo e teve uma saída complicada do clube paranaense.
Pelo Athletico, Dagoberto ganhou destaque a partir de 2004, temporada em que a equipe foi vice-campeão do Brasileirão. Ao todo, fez 115 jogos e marcou 37 gols com a camisa rubro-negra. A ida para o São Paulo foi criticada pelos torcedores, que ressentiam a perda do título da Libertadores em 2005 para a equipe paulista.
A ida para o Tricolor também foi conturbada internamente. O presidente Mario Celso Petraglia queria vender o atleta para o exterior e foi acusado de dificultar a vida do atacante no clube. A briga foi para na Justiça e o Athletico chegou a ser condenado a pagar indenização a Dagoberto.
Em 2019, ele se aposentou no Londrina. Na carreira, passou por outro clubes como Cruzeiro, Internacional e Vasco. Ele tem cinco títulos brasileiros na prateleira.
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