Na história

El Paranaense: Athletico destrava mais um canto da Argentina; relembre jogos

Athletico conhece mais um canto da Argentina

El Paranaense” está cada mais vez mais vivo. Depois de rodar por quase todos os cantos de Buenos Aires, o Athletico conhece mais uma porção da Argentina: La Plata, a cidade que é capital da província.

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Quarta maior cidade da Argentina, atrás apenas da capital do país, de Córdoba e de Rosário, La Plata conta com mais de 800 mil habitantes e fica a 56 km a sudeste de Buenos Aires. Pouco explorada por turistas, a cidade abriga dezenas de museus, galerias de arte, jardins e construções históricas. La Plata, inclusive, foi apelidada de “Atenas das Américas”.

A cidade é conhecida por seu traçado: um quadrado perfeito. As avenidas e ruas são definidas por números e o desenho das vias vão se cruzando, formando pirâmides e diamantes. La Plata também é repleta de praças e bosques.

O Estádio Jorge Luis Hirsche, por exemplo, onde Athletico e Estudiantes jogarão em busca da classificação, fica dentro do maior bosque da cidade. Na Avenida 1 entre as calles 55 e 57. A cancha dos pinchas também fica bem próxima – e dentro da mesma área verde -, do Estádio Juan Carmelo Zerillo, casa do rival Gimnasia y Esgrima La Plata: são 900 metros de distância.

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“Os torcedores que forem a La Plata não vão encontrar um clima de hostilidade. A maioria das pessoas de La Plata torcem para Boca Juniors e River Plate. Mas, claro, que vai depender da torcida do Athletico. Se for para ver o jogo numa boa, vai voltar numa boa. O estádio é parecido com a Arena da Baixada, a torcida fica próxima, mas não é suficiente para interferir dentro do campo, bem diferente da mística de uma La Bombonera, por exemplo”, disse Silas em entrevista ao UmDois Esportes.

Depois do empate em Curitiba, Furacão e Alvirrubros se enfrentam nesta quinta-feira (11), às 21h30, pela volta das quartas de final da Libertadores.

Lance de Athletico x Estudiantes
Fernandinho, do Athletico
Fotos: Atila Alberti/ UmDois Esportes
Fernandinho, do Athletico

Furacão já rodou por outros cantos de Buenos Aires e também visitou Rosário

La Boca, Belgrano, Liniers, Bajo Flores são alguns dos bairros que o Furacão já conheceu de Buenos Aires atuando pela Libertadores – além disso, também visitou a bela cidade de Rosário quando jogou contra o Newell’s Old Boys pela Sul-Americana.

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O Athletico iniciou sua trajetória na Argentina em Liniers, mais especificamente no Estádio José Amalfitani, do Vélez Sarsfield. A cancha é a principal atração do bairro, famoso por ser um anel central de ônibus, ligando a grande Buenos Aires com o metrô. O bairro foi construído seguindo a construção da estação ferroviária de Liniers. Além disso, é cortado pela famosa Avenida Rivadavia cheia de comércios e que atravessa, praticamente, toda capital – é considerada uma das avenidas mais longas do mundo.

Em campo, lá em 2014, ainda pela fase de grupos, o Furacão sofreu duas derrotas: 3 a 1 na Vila Capanema e 2 a 0 na Argentina. Lucas Pratto, protagonista nos confrontos, voltou ao Vélez no ano passado e segue atuando pelo clube nesta temporada. O Rubro-Negro acabou eliminado naquela ocasião. O técnico do Athletico era Miguel Ángel Portugal.

Fotos: Arquivo Gazeta do Povo

Três anos depois, foi a vez de o Athletico conhecer um pouco do Bajo Flores, sul de Bueno Aires, onde fica o Nuevo Gasómetro, “casa” do San Lorenzo de Almagro. O bairro do estádio fica em uma zona bem pobre, com vilas e comunidades. Ao lado do Nuevo Gasómetro, por exemplo, fica a Villa 1-11-14, uma das favelas mais violentas da cidade. É possível ver a comunidade das arquibancadas do estádio. Poucas pessoas se arriscam a andar a pé pelas ruas entorno da cancha pela falta de segurança.

Até por isso, os torcedores do Ciclón nunca se acostumaram com o estádio. Desde que o Viejo Gasómetro foi vendido a uma rede de supermercados, na década de 70, para quitar dívidas com o governo, a torcida tenta voltar a Boedo – bairro onde ficava localizado o estádio. Em 2014, depois de muita luta, o clube recomprou o terreno onde ficava a antiga cancha e, em 2019, foi sacramentado retorno para a Avenida La Plata.

O San Lorenzo quer entregar o Estádio Papa Francisco – em homenagem ao seu mais ilustre torcedor – até o ano que vem. Geograficamente, então, os azulgranas não se “sentem em casa” nem em Almagro, nem em Flores, mas o retorno ao bairro vizinho de Boedo está próximo.

Na Libertadores de 2017, o Athletico e San Lorenzo duelaram também pela fase de grupos. Pela segunda rodada, o argentino Lucho González – este, sim, se sentiu em casa – brilhou ao garantir a vitória por 1 a 0 fora de casa. Mas, pela quinta rodada do grupo, foi o Ciclón quem arrasou com um 3 a 0 dentro da Arena da Baixada. Paulo Díaz, Blandi e Botta marcaram os gols. Mesmo assim, o Furacão, que era comandado por Paulo Autuori, avançou às oitavas.

Fotos: Arquivo Gazeta do Povo

Nas duas últimas edições que participou, o Athletico pegou os dois gigantes da Argentina. Em 2019, na fase de grupos e nas oitavas, o Furacão enfrentou o Boca Juniors, em plena La Bombonera. La Boca, bairro onde está localizado o tradicional estádio, é um dos locais mais visitados por turistas que vão à Argentina. Além da Bombonera, o Caminito, rua com casas de madeiras e pintadas com tintas das mais variadas cores, é atração certa de quem visita o país.

La Boca fica próxima do porto e abrigou muitos estrangeiros que chegavam para trabalhar no local. Foram os imigrantes, principalmente os italianos em grande parte de Gênova, que fundaram os clubes Boca Juniors e River Plate – que depois mudou de bairro. Com apenas os xeneizes como locais, o bairro acabou tornando-se todo auriceleste. Por todo lado, é possível ver casas, desenhos e grafites em azul e amarelo destacando a história do clube, de ídolos locais e nacionais.

Pela Libertadores 2019, Athletico e Boca Juniors fizeram jogos de tirar o fôlego dos torcedores. O primeiro – e inesquecível – duelo foi logo um 3 a 0 sobre os argentinos, com hat-trick do também argentino Marco Ruben, pela terceira rodada da fase de grupos. A volta, pela sexta rodada, vitória dos xeneize por 2 a 1.

Fotos: Arquivo Gazeta do Povo

Quis o destino – o sorteio – que os times se enfrentassem logo na fase seguinte. Mas, nas oitavas, o Furacão sucumbiu à experiência do Boca na Libertadores e sofreu duas derrotas: 1 a 0 na Baixada e 2 a 0 em La Bombonera para os argentinos.

Athletico conhece mais um canto da Argentina
Fotos: Arquivo Gazeta do Povo

Pela Libertadores 2020, foi a vez de conhecer o outro lado da cidade. Situado na zona norte da cidade, Belgrano é um bairro nobre e tradicional de Buenos Aires e onde localiza-se a casa do River Plate. Sim, apesar de chamar-se Monumental de Núnez, o estádio do millionários fica em Belgrano – Núnez é o bairro ao lado. Seu nome é uma homenagem a Manuel Belgrano, o criador da bandeira argentina.

Os duelos entre rubro-negros e alvirrubros foram pelas oitavas de final. O duelo de ida terminou 1 a 1 na Arena da Baixada e, na Argentina, no estádio Libertadores de América, do Independiente, em Avellaneda, o River venceu por 1 a 0 e se classificou. Os jogos marcaram a estreia do goleiro Bento, destaque.

Arquivo Gazeta do Povo, Divulgação/ Athletico e Conmebol

Mas as equipes também já haviam se enfrentado pela Recopa 2019: 1 a 0 para o Furacão em casa e 3 a 0 para os argentinos no Monumental, que ficaram com a taça.

Em 2006, Athletico e River Plate ainda duelam pela Sul-Americana. O Furacão, naquela vez, levou a melhor. O time comandado por Vadão venceu por 1 a 0 em pleno Monumental de Nuñez, com um gol do atacante Marcos Aurélio, e garantiu a classificação às quartas de final com um 2 a 2 em casa.

Fotos: Arquivo Gazeta do Povo

Para completar a saga portenha, o Athletico ainda encarou o Newell’s Old Boys, no Estádio Marcelo Bielsa, em Rosário. A cidade de grandes nomes do futebol como Messi, Di María, Icardi, Marcelo Bielsa, fica a mais de 300 km da capital Buenos Aires, mas é a terceira localidade mais populosa do país. Rosário é aconchegante, com uma arquitetura clássica e famosa por ser portuária – está localizada no coração do principal corredor industrial da Argentina.

Na campanha do título da Sul-Americana 2018, o Furacão iniciou sua jornada justamente com um 3 a 0 sobre os Leprosos na Arena da Baixada – com destaque para a torcida argentina, que fez uma grande festa em Curitiba -, e uma derrota por 2 a 1 em solo argentino.

Arquivo Gazeta do Povo e Divulgação

Dos principais locais da Argentina, o Furacão ainda precisa enfrentar clubes, por exemplo, de Avellaneda, Lanús e Córdoba, mas essas são viagens, quem sabe, para as próximas edições das competições continentais.

Aproveitamento contra Argentinos:

O Athletico, no entanto, não tem um bom aproveitamento contra argentinos. Em 17 partidas, são cinco vitórias, três empates e nove derrotas. Aproveitamento de apenas 35,2%.

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