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Na mira do Athletico, Diniz deixa futuro em aberto: "Não sei se vou trabalhar esse ano"

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Folhapress
26/06/2024 15:51 - Atualizado: 26/06/2024 16:04
Fernando Diniz
Fernando Diniz | Foto: Henry Milleo/Arquivo/Gazeta do Povo

Fernando Diniz falou pela primeira vez após a demissão do Fluminense, e não segurou as lágrimas. O treinador lamentou a saída do clube das Laranjeiras e deixou os próximos passos na carreira em aberto.

"Entrevista difícil como nunca aconteceu na minha carreira. Estou muito mexido com a minha saída por tudo que representa o Fluminense, e tudo que vivemos. É uma entrevista para me despedir da torcida. Estão sendo dias bem difíceis para digerir. Vai passar e vai ficar todo mundo bem", afirmou o treinador.

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Diniz é um dos alvos para assumir o Athletico, que demitiu o técnico Cuca também na última segunda-feira (24). O treinador foi questionado sobre propostas e o que pretende fazer no restante da temporada.

O profissional disse querer descansar um pouco, após ter passado mais de dois anos à frente do Flu. No entanto, não descartou assumir outra equipe no segundo semestre.

"Eu não pretendo trabalhar imediatamente, mas não sei se vou trabalhar esse ano. Eu preciso descansar um pouco. Estou muito mexido com o que aconteceu. É um sentimento grande de gratidão, pelo Fluminense. E um sentimento grande de tristeza, não queria que terminasse assim", declarou.

"Muita emoção vivida para mim e minha família. Vai ficar marcado, sou assim. Quis muito estar aqui de volta e tenho certeza que deu certo. Peço desculpa pelo momento que a gente está passando, de não conseguir vencer, mas nunca faltou entrega e coragem para conseguir. O futebol para mim nunca foi mecânico, apartado da vida, do sofrimento, do choro e da alegria. Vou continuar assim", completou Diniz.

Outras declarações de Fernando Diniz em entrevista coletiva nesta quarta-feira (26)

Fora os títulos, qual o ponto alto nesta passagem no Fluminense?

"Vou citar um jogador, do futebol como meio de transformação. Posso falar do Arias. Era um menino com potencial imenso e cheio de dúvidas sobre o próprio talento e sobre quem ele era. A vida da gente meio que vai se confundindo com o futebol. Em 2022, tive muitos embates com ele. Alguns oportunistas, se visse à beira do gramado, iriam julgar como desrespeito. Tive embates para poder germinar. Não aparece na televisão, tem muitas conversas de carinho para ajudar".

"Em 2022, ele falou, depois da oração: "tenho de agradecer esse cara, olho no espelho e tenho orgulho de quem eu vejo". Esses títulos que vocês não veem, ou [não] reconhecem, é minha maior função. Isso modificou a vida dele, a maneira como encara o mundo. Ele é uma pessoa inteira, bonita, e se vê capaz de jogar em qualquer lugar. Quando você tem pessoas assim, os títulos vão vir. Posso falar de muitos jogadores".

Acertos e erros

"Tudo certo para quem analisar racionalmente, vai achar que é tudo certo. Estar na zona de rebaixamento não é tudo certo. Falo na coisa essencial, deu tudo certo. O propósito de entregar a Libertadores. Nada ensina mais que experiência. Sou cabeça dura com algumas coisas mas quando aprendo, aprendo de verdade. Cometo muitos erros, mas sou transparente. Não escondo defeitos".

"No campo, é o melhor Fernando. Não tenho preocupação com julgamentos, sei o que estou fazendo e o meu chamado. A gente vai se corrigindo com nossas imperfeições. De fato, voltei com outras experiência. Tinha muita segurança para voltar, quando mandei mensagem para o Mario. "Está na hora de retornarmos, tem coisa inacabada".

Perfil do elenco

"Vocês [jornalistas] têm falado constantemente: "O Fluminense montou elenco com a cara do Diniz". Onde que tem isso? O elenco de 2022 eu não montei e a gente melhorou. Quem chegou em 2023 foi o Keno. Em 2023, falei que Arias, Nino e André não daria para substituir. Eu também tinha propostas para sair, mas nós ficamos. De 2023 para 2024, tínhamos expectativa de sair o Arias e o André".

"Como vai repor? Perdemos o Nino, vai chegar o Thiago no meio do ano. Eu pedi um jogador, para fazer esforço para a contratação: o retorno do Luiz Henrique. E o Mario [Bittencourt] fez de tudo, nas condições que tem. O Botafogo fez um estalo e levou. Não vai com o peso que teria aqui. Essa é a realidade do Fluminense. Para o torcedor tudo bem, mas a gente que é pago pelo futebol. A torcida emprega vocês e a gente. Ele não montou um time para mim".

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