Da tensão ao alívio: torcida do Athletico vive noite intensa na Libertadores
Felipão pediu o apoio, e a torcida do Athletico compareceu. Nem mesmo a baixa temperatura em Curitiba, que não passou dos 12 graus durante todo o jogo, esfriou o clima quente nas arquibancadas da Arena da Baixada. Ao todo, foram 21.630 presentes.
E os atleticanos foram da tensão ao alívio em 90 minutos de uma decisão pela Libertadores.
Apesar do momento do time e das críticas à torcida vindas do presidente Mario Celso Petraglia nas redes sociais, a expectativa e o clima dos atleticanos eram bons antes de a bola rolar. A aposta dos torcedores era de vitória - que se concretizou.
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"Temos que acertar o time. Fazer tipo 2005, em que passamos no sufoco e chegamos à final. Espero que o Pablo desencante. Acho que o Terans também pode fazer. Aposto 2 a 0", disse o atleticano Fabrício Tulio, em aposta certeira.
As amigas atleticanas Fernanda Bruni e Clara Guimarães também estavam confiantes por uma vitória e tinham expectativas positivas em Pablo e no novo trabalho do técnico Felipão.
"A expectativa é a melhor possível. O Athletico tem tudo para ganhar e seguir na Libertadores. Temos um bom time, temos um técnico, que eu acho o melhor do Brasil. Temos o apoio da torcida, da diretoria. Estou bem otimista, vai ser 2 a 0", afirmou Bruni.
"Eu acredito muito no potencial do Pablo. Ele pode estar passando por uma má fase, mas eu acredito muito nele. Hoje é um jogo que a gente espera muito, mas nós temos condições e, com o apoio da torcida, que será de fundamental importância, vamos ganhar e encaminhar a classificação", acrescentou a atleticana Clara.
A noite, no entanto, não foi de Pablo - que até fez um bom jogo. Mas sim dos gringos. Cuello e Canobbio garantiram o resultado que deixou o time vivo pela classificação.
Os 90 minutos da torcida do Athletico
Quando a bola rolou, no entanto, o clima ainda era de tensão. A torcida apoiou o time desde o início e fazia pressão nos adversários a cada cera do goleiro Martín Silva e as simulações de faltas dos jogadores.
O Furacão, em campo, respondia com o controle da posse de bola, mas os erros nas finalizações irritavam a torcida, que chegava aos poucos nas arquibancadas.
Foram apenas dois chutes de Cuello no primeiro tempo. E os cenários dos últimos jogos ia se desenhando no duelo decisivo. Ao fim do primeiro tempo, o Athletico foi para os vestiários sob vaias, gritos de "raça" e de "Não é mole, não. Tem que ter raça para jogar no Furacão".
O protesto das arquibancadas fez efeito no time para o segundo tempo. Com mais vontade, o Furacão abriu o placar com Cuello e fez explodir a torcida atleticana. Canobbio ampliou e, pela primeira vez, teve seu nome gritado pelos atleticanos. A tensão pelo resultado se transformou em alívio.
Alívio por voltar a vencer, por marcar gols na competição e, claro, pela vitória que coloca de volta o time na briga pela classificação às oitavas de final. Ao final do jogo, todos os jogadores saíram de campo aplaudidos.
E a torcida, que contribuiu para o resultado, iluminou a Baixada com luzes dos celulares e soltou o grito de "Libertadores, estamos chegando. Meu Rubro-Negro, seremos campeões". O apoio foi motivo, desta vez, para elogio do presidente Petraglia.