Cumprindo expectativa, Fernandinho completa quatro meses de Athletico
A tão esperada volta de Fernandinho ao Athletico completou quatro meses na última terça-feira (27), quando o Furacão perdeu do Santos pela 28ª rodada do Brasileirão.
Mas o retorno do prata da casa depois de 17 anos – anunciado em entrevista coletiva no dia 27 de junho – apresenta, até aqui, saldo mais do que positivo ao clube. Cenário que ainda pode ser coroado, no fim de outubro, com o título da Libertadores, taça que o então franzino ala-direito ficou próximo de conquistar em 2005.
O reencontro entre o ídolo e a torcida apaixonada aconteceu, efetivamente, em 21 de julho, na goleada por 4 a 1 sobre o Atlético-GO, na Arena da Baixada. Fernandinho entrou aos 23 minutos do segundo tempo e mostrou que joga em rotação bem acima do padrão brasileiro. De quebra, ainda deu assistência para Léo Cittadini fechar o placar.
De lá para cá, o meio-campista fez mais 11 partidas, todas como titular e normalmente permanecendo em campo o jogo todo, apesar dos 37 anos de idade. Foram quatro vitórias, cinco empates e três derrotas. Uma eliminação nas quartas de final da Copa do Brasil (Flamengo) e duas classificações na Libertadores (Estudiantes e Palmeiras).
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O camisa 5 não usa a faixa de capitão por respeito à hierarquia do zagueiro Thiago Heleno, mas orienta e cobra os companheiros como líder que aprendeu a ser em quase duas décadas no futebol europeu.
Além do ganho técnico de um volante que até pouco tempo era peça importante no Manchester City de Pep Guardiola, o profissionalismo adquirido nas quase duas décadas no futebol europeu serve de exemplo para os mais jovens do CT do Caju. Um benefício "invisível", mas que vale ouro na formação de novos atletas.
Nos 12 jogos desde o retorno, contudo, outro ponto do jogo de Fernandinho chamou atenção. Às vezes cometendo faltas mais duras para parar o jogo, recebeu cinco cartões amarelos. Exatamente o mesmo número de advertências da temporada passada toda em 33 duelos disputados.
O desafio, agora, é conduzir o Athletico à conquista que ele não conseguiu no início de carreira. Foi um dos motivos que o fez voltar para casa. E o destino lhe deu uma segunda oportunidade.