Cuca espera por semana livre para implantar "variações" no Athletico
Após 60 dias e 14 jogos pelo Athletico, o técnico Cuca afirmou que ainda não conseguiu treinar o time. Depois da vitória sobre o Vasco por 1 a 0, pelo Brasileirão, o treinador disse que espera a próxima semana livre para implantar variações no Furacão.
"Foi um jogo atípico, geralmente a gente não perde tantos gols. A gente teve várias goleadas. A gente vem de três viagens, Uruguai, Caxias do Sul e Erechim. A viagem não cansa, mas é um contexto geral que você não pode treinar", afirmou.
"Eu tenho, hoje [domingo], 59 dias de Athletico, com 14 jogos. Eu não treinei. Eu não consigo treinar. Eu tenho só que recuperar os jogadores. Eu não tive uma semana livre para pôr algumas variações que a gente pretende. Eu tenho feito os táticos na véspera do jogo, para utilizar as duas equipes da mesma forma. Tenho trazido os times sub-20, sub-17 para treinarmos. Mais na frente a gente espera ter mais tempo", acrescentou Cuca.
Desde que chegou ao Athletico, Cuca só teve uma semana completa de trabalho entre as partidas das semifinais contra o Operário. O time segue a maratona de jogos de quarta e domingo até junho.
O próximo período maior sem jogos será na Data Fifa, com 10 dias de pausa entre as partidas do Brasileirão contra o Flamengo, 2 de junho, na Ligga Arena, e a contra o Botafogo, 12 de junho, no Nilton Santos.
Cinco pontos para Cuca ajustar no Athletico
Desde que chegou, Cuca só tem dado treinos leves e com pouco tempo para ajustes táticos. Como o próprio treinador comentou são mais coletivos no dia anterior das partidas, com correções pontuais.
Apesar dos mais de 80% de aproveitamento com o comandante, o Furacão ainda tem vários pontos a serem corrigidos. O UmDois Esportes listou cinco correções que, aos poucos, precisam ser feitas na equipe.
Melhorar o desempenho fora de casa
Invicto na Ligga Arena, o técnico Cuca tem o desafio de fazer o Athletico repetir as boas atuações fora de casa. Em jogos que enfrentou adversários mais complicados, como Grêmio e Ypiranga, o time teve dificuldades em criar e foi derrotado.
Decisões mais acertadas dos pontas do time
Outro desafio é fazer com que os pontas do time joguem mais. Para além de marcar gols, que têm acontecido pouco pelos atacantes de lado, a equipe têm tido dificuldades em construir jogadas por ali para os centroavantes.
Cuello não tem nenhum gol e nenhuma assistência com Cuca, por exemplo. Eles também têm que "acertar o pé". A posição, vale lembrar, é prioridade do clube na janela de julho e importante no sistema de jogo do técnico.
Manter a intensidade durante os 90 minutos
Nos últimos dois jogos, por exemplo, ficou evidente como a equipe tem cansado na reta final. A questão física com a maratona de partidas pesa, mas as trocas do treinador não têm conseguido manter a intensidade do time.
Testar mais opções
Dentro disso, também entra a questão do treinador testar mais peças. No atacante, Benítez e Jader quase não jogaram. Na lateral-esquerda, Fernando, recém recuperado, precisar ganhar chances para dar descanso a Esquivel.
A zaga também é uma posição carente, agora mais ainda sem Thiago Heleno. Por isso, esses jogos da Sul-Americana podem ser ideais para Cuca encontrar novas peças dentro do elenco.
Pablo e Mastriani jogando juntos
Os centroavantes e artilheiros do time precisam ser testados juntos. Pablo gosta de sair mais da área e contribui mais na marcação, enquanto que Mastriani é mais técnico e matador. Ambos podem se completar em campo. A escolha pela dupla entra, inclusive, nesta possibilidade da variação tática citada por Cuca.
Formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Gestão, Comunicação e Marketing no Esporte pela Uninter. Desde 2017, atua na área de esportes como repórter da Gazeta do Povo e agora do UmDois Esportes, participando das cobertu...
