Crise no Athletico? Cuca abre o jogo sobre a pior sequência da temporada
O Athletico está em crise. Derrotado pelo Fortaleza pelo Brasileirão, o Furacão acumula três derrotas seguidas na temporada, pior sequência em um ano marcado, até aqui, pela irregularidade.
Ao mesmo tempo em que dominou o Estadual e conseguiu o título, o Athletico despencou na Sul-Americana, se complicou na Copa do Brasil e, agora, deixou a liderança do Brasileirão.
A liderança da Série A, aliás, cai em uma região do Brasil onde o Furacão não costuma ter bons resultados. Por este torneio, o Athletico não vence um jogo no Nordeste há quatro anos. As últimas vitórias ocorreram contra Fortaleza e Ceará, mas apenas em 2020.
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Desde então, são nove jogos disputados, com cinco derrotas e quatro empates. A exceção ocorreu em 2022, na partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil contra o Bahia: vitória por 2 x 1 na Arena Fonte Nova.
Cuca não esconde incômodo com fase do Athletico
Em entrevista coletiva, Cuca não conseguiu esconder o incômodo com a sequência negativa de resultados. Ainda que tenha perdido para o Fortaleza, a cabeça do treinador segue quente pelas derrotas sofridas para o Danubio, do Uruguai, e o Sportivo Ameliano, do Paraguai, pela Copa Sul-Americana.
Líder do grupo, o Furacão precisava de apenas um ponto na Ligga Arena para passar em primeiro e ir às oitavas do torneio. Perdeu os dois jogos, considerados por Cuca como "incríveis e inadmissíveis".
"Difícil de explicar duas derrotas como as que tivemos. Tivemos 45 finalizações e fizemos um gol [marcado por Lucas Di Yorio, contra o Danubio]. Trabalhamos muitas finalizações. Já tivemos jogos anteriores em que, de nove conclusões, fizemos seis gols. É difícil. O resultado fala por si. Perdemos dois jogos incríveis e inadmissíveis em casa. Contra o Fortaleza não, poderia ter vencido, perdido, empatado… eram duas grandes equipes", analisou.
O Furacão volta a campo contra o Criciúma, dia 13 de junho, pela oitava rodada da Série A. O jogo será às 20h, na Ligga Arena. O treinador salientou que ninguém sofre mais com as derrotas do time do que ele e que foca em vitórias sobre o Tigre e Flamengo para voltar à liderança do Brasileirão
"Eu faço o que é melhor pro Athletico. Acho que nesse momento temos apenas que trabalhar e não questionar nada. Quando ganhamos, é pura alegria. Quando perdemos, é pura tristeza. Ninguém sofre mais na derrota do que eu. Temos os dois próximos jogos em casa e temos a meta de fazer três pontos no primeiro e três pontos no segundo. Voltamos para a liderança se vencermos esses dois jogos. Vou perder jogadores pra Seleção, já subi dois ou três meninos pra compensar essa perda momentânea que teremos".
Nikão fala em grupo fechado com Cuca
De volta ao clube por empréstimo do São Paulo, Nikão não atuou durante a fase de grupos da Sul-Americana. O Athletico, em função da transação com o São Paulo, não conseguiu inscrever o ídolo a tempo de disputar os seis primeiros jogos. Ainda que estivesse de fora, ele afirmou que "sentiu" os tropeços para Danubio e Sportivo Ameliano e que todos estão “fechados” com Cuca.
"A gente se cobra muito no dia a dia. O professor Cuca é um cara muito competitivo. Não pude estar nos jogos da Sul-Americana, mas senti a derrota como se estivesse dentro de campo. As pessoas começam a falar muita coisa, mas temos trabalhado bastante. A derrota gera desconfiança, especialmente para quem é de fora, como imprensa e torcida. Não me recordo de pegar um time tão qualificado como esse do Athletico. É natural que a derrota gere desconfiança e estamos fechados com o professor. Vamos dar uma resposta novamente", finalizou Nikão.