Com ex-Athletico e ex-Coritiba, jogadores brasileiros na Ucrânia pedem ajuda para deixar país
Um grupo de jogadores brasileiros que defendem clubes da Ucrânia pede ajuda ao governo brasileiro para deixar o país após o início da invasão de tropas militares da Rússia, no início da madrugada desta quinta-feira (24). Mísseis foram lançados no país.
Atletas e familiares publicaram um vídeo nas redes sociais explicando que estão hospedados em um hotel de Kiev, capital da Ucrânia, por causa do conflito.
O espaço aéreo do país está fechado, dificultando qualquer deslocamento de avião. Ou seja, vias terrestres e ferroviárias são os prováveis caminhos para deixar o país neste momento.
Entre as cerca de 20 pessoas na gravação, estão o lateral-direito Dodô, ex-Coritiba, e o atacante Vitinho e o meia Marcos Antônio, ex-Athletico. Em suas contas no instagram, Vitinho e Marcos Antônio postaram a mensagem: "Orem por nós".
Dodô, 23 anos, defende o Shakhtar Donetsk, assim como Marcos Antônio, de 21 anos. Já Vitinho, 22 anos, é atleta do Dínamo de Kiev.
"Fala, galera. Aqui estamos todos reunidos, jogadores do Dínamo e do Shakhtar com a nossa família. Estamos hospedados em um hotel divido toda a situação", diz o zagueiro Marlon, ex-Fluminense, porta-voz do grupo.
"Estamos pedindo ajuda de vocês nesse vídeo devido à falta de combustível na cidade, fronteira fechada, espaço aéreo fechado, não tem como a gente sair", prosseguiu o jogador, antes de fazer um apelo ao governo brasileiro.
"Pedimos apoio ao governo do Brasil, que posso nos ajudar, e espero que vocês nos ajudem a promover este vídeo para alcançar o máximo de pessoas possível", complementou Marlon.
O Itamaraty já está trabalhando no assunto. Segundo um familiar de um dos atletas que estão no hotel em Kiev, a expectativa do grupo é de que haverá um contato do presidente Jair Bolsonaro ainda na tarde desta quinta-feira (24).
Nas imagens, também estão outros atletas como o meia Pedrinho, ex-Corinthians e o atacante David Neres, ex-São Paulo.
Quem também se manifestou nas redes sociais foi o meia Marlos, do Athletico, que é brasileiro naturalizado ucraniano e defendeu por anos o Shakhtar. "Parem a guerra", escreveu, em inglês, ao lado de uma mensagem de apoio à Ucrânia.
Assista ao vídeo
Clubes retornaram para a Ucrânia com esperança de solução diplomática
Os jogadores de Shakhtar e Dínamo de Kiev estavam na Turquia com os demais membros dos elencos. No entanto, as equipes retornaram para a Ucrânia, pois havia uma esperança de que a guerra poderia ser impedida diplomaticamente.
Já jogadores do Metalist, clube da cidade de Kharkiv, também estão com dificuldades para deixar o país. Os brasileiros Derek, Fabinho e Marlyosn também gravaram vídeo fazendo apelo às autoridades brasileiras para agirem "o mais rápido possível" e "com segurança".
"Estamos vivendo um momento crítico aqui no país e nós só queremos sair com segurança. Nossa família está preocupada com a gente e não temos notícia de nada", disse Fabinho.