Da defesa aos elencos: o que Athletico e Coritiba podem tirar de lições do Atletiba
O empate por 1 a 1 no clássico Atletiba evidenciou as virtudes e principalmente as limitações de Athletico e Coritiba para a sequência da temporada. O Furacão mostrou superioridade técnica, mas não conseguiu converter as chances em gols. Já o Coxa explorou os pontos fracos do rival, mas recuou no fim e pareceu satisfeito com o resultado.
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O empate mantém a distância entre os clubes. O Athletico lidera com 19 pontos e já está classificado para as quartas de final com quatro rodadas de antecedência. O Coritiba vem logo atrás, com 17 pontos, e precisa de mais um pontinho para garantir matematicamente a vaga. Mas os clubes, claro, vão brigar até o final pela liderança, de olho em vantagem no mata-mata.
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Confira cinco pontos que explicam o empate no Atletiba
1 - Coxa explora pontos fracos
O Coritiba de António Oliveira soube explorar os pontos fracos do rival: a (fraca) marcação de Pedrinho e a bola aérea defensiva. Em um lance, Kaio aproveitou o espaço deixado por Pedrinho, soltou a bomba e abriu o placar - com uma ajuda também do goleiro Bento. Além disso, o Coxa assustou em cruzamentos para a área, como em cabeceio à queima-roupa de Chancellor. A lateral esquerda e a bola aérea devem ser as prioridades de Paulo Turra.
2 - Terans e Pablo em alta
O garçom Terans e o artilheiro Pablo têm sido os grandes destaques do Athletico neste início de temporada. A dupla, inclusive, mostrou qualidade e entrosamento de sobra no gol rubro-negra ao entrarem na área tabelando para deixar tudo igual. Além disso, Terans comandou o meio-campo e buscou o jogo até o final, e Pablo incomodou a marcação até cansar e ser substituído. Agora, o camisa 10 tem cinco assistências. E o camisa 92, seis gols.
3 - Defesa alviverde preocupa
Assim como o atleticano Paulo Turra, o coxa-branca António também terá trabalho com a defesa. Nos números, o Coritiba tem a melhor zaga do campeonato, com só quatro gols sofridos em sete jogos disputados, mas Gabriel ajuda a mascarar as limitações do setor. A dupla de zaga e a lateral esquerda ainda não passam confiança. No Estadual, as falhas não têm pesado tanto. Mas isso precisa ser corrigido de olho na Copa do Brasil e no Brasileirão.
4 - Armas apagadas
O Atletiba ficou muito concentrado em Fernandinho, Terans, Pablo, Bruno Gomes e Kaio. Por outro lado, vários jogadores não renderam o esperado. Vitinho, por exemplo, sofreu com a marcação e perdeu uma chance clara. Khellven teve uma de suas piores atuações pelo clube. Os laterais do Coxa praticamente não passaram do meio-campo. E até Alef Manga, grande nome do Coxa, não entregou o que costuma - apesar de ter criado boas oportunidades.
5 - Diferença de elencos
O Athletico cresceu de produção na metade do segundo tempo e criou chances para virar o placar. Esse desequilíbrio no segundo tempo pode ser explicado pela diferença técnica entre os dois elencos. No Furacão, por exemplo, Cuello e principalmente Canobbio entraram bem e deram novo ritmo ao time. Já no Coxa, nomes como Bernardo, Fabrício Daniel e William Pottker saíram do banco de reservas e não conseguiram desafogar o Coxa nos minutos finais.
No fim, tanto Paulo Turra quanto António Oliveira podem tirar lições e também sentir orgulho. Os dois times têm aspectos que precisam ser corrigidos, principalmente defensivamente, mas os dois trabalhos mostram estar no caminho certo e devem render frutos durante 2023.
O Athletico volta a campo diante do Cianorte, às 20h de quarta-feira (8), no Albino Turbay, pela oitava rodada. Já o Coritiba terá a semana livre para treinar. O próximo desafio do Coxa será contra o São Joseense, às 18h30 de domingo, no Couto Pereira, pela nona rodada.