Há sete anos, Canobbio foi gandula por um dia no palco da final da Libertadores
Gandula aos 16, finalista aos 24.
A relação do uruguaio Agustín Canobbio com o palco da final da Libertadores 2022 – o Estádio Monumental Isidro Romero Carbo – é diferente de todos os outros jogadores de Athletico e Flamengo que entrarão em campo neste sábado (29), às 17h, no Equador.
Sete anos atrás, em 2015, o camisa 9 do Furacão ainda era um adolescente quando visitou seu pai, Osvaldo, em Guayaquil, durante um período de férias escolares. O então auxiliar-técnico do Barcelona encaixou o filho nos treinamentos do time reserva dos Canários, além de escalá-lo para ser gandula em uma partida oficial contra o Independiente Del Valle, pela Liga Pro.
"Ele estava perto de mim e eu dizia quando tinha de devolver a bola mais rápido ou mais devagar", recorda Osvaldo, aos risos, em entrevista ao UmDois Esportes.
Canobbio, que naquela época treinava no sub-16 do Fênix, de Montevidéu, conhece todos os cantos do Monumental. Ele chegou até a participar de treinamentos do time principal, comandado pelo também uruguaio Rubén Israel.
"Ele sempre ia comigo ao estádio e quando faltava alguém, completávamos o time com o Agustín, o colocávamos também em circuitos de passes nos treinos", conta Osvaldo, que retornará à capital equatoriana para acompanhar o filho na decisão contra o Flamengo.
Comprado em março do Peñarol por cerca R$ 15 milhões, o ponta-direita tem outra importante lembrança do Equador. Foi lá, em 2017, que venceu o Sul-Americano sub-20 com a Celeste. Bom prenúncio para o que vem pela frente?
"Ele aproveitou muito o pouco tempo em que esteve lá [no país]. Obviamente, por ter sido campeão e onde trabalhei, é um país que sempre vai estar no coração dele. É um incentivo a mais para a final. São as voltas que a vida dá... No futebol nunca se sabe o que vai acontecer, espero que dê sorte novamente", conclui o ex-atacante.