Lenda do Athletico, Bolinha decide se aposentar mais uma vez
Massagista, lenda do Athletico e xodó da torcida, Edmilson Aparecido Pinto, mais conhecido como Bolinha, decidiu se aposentar. A informação foi anunciada pelo clube nesta sexta-feira (8).
No fim de agosto, Bolinha foi internado em um hospital de Curitiba em decorrência de uma crise hipertensiva. Ele teve alta hospitalar no dia 3 de setembro, mas sem previsão de retorno às atividades no Furacão.
Por causa do estado de saúde, o rosto mais conhecido do staff rubro-negro não vai mais acompanhar a delegação como fez desde outubro de 1993, com um hiato em 2020.
Bolinha chegou a se aposentar, mas voltou à ativa
Em outubro de 2020, Bolinha anunciou a aposentadoria em um vídeo publicado pelo Athletico. Na época, o massagista disse que a pandemia de covid-19 influenciou na decisão.
"É uma decisão que venho pensando há dias, meses, e foi se tornando mais curta agora, devido pandemia. Saiu minha aposentadoria, pensei em curtir um pouco a vida. Sai de casa em 1975 e nunca fui a um casamento direito, festa, batizado, meus irmãos casaram e nunca fui [à uma festa]. E com idade da minha mãe, penso que está na hora de ficar um pouco do lado dela", declarou na época, 27 anos após ter chego ao Furacão.
No entanto, a aposentadoria durou somente até outubro de 2021, quando teve o retorno confirmado pelo Furacão. Desde o fim daquele ano,
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Bolinha pediu para sair do Athletico após 15 dias
O massagista disse que ficou frustrado com a chegada na antiga Baixada, antes de ter a Arena inaugurada em 1999. Segundo Bolinha, faltava até água quente.
"Eu via, assistia jogos, e quando cheguei na antiga Baixada, onde era o vestiário abaixo do estádio antigo, eu fiquei muito decepcionado. Com 15 dias, eu pedi para ir embora porque vi que não tinha condições. Faltava tudo. Às vezes não tinha água para tomar banho, gás para ligar os vestiários e tomar um banho quente", relembra.
Além disso, Bolinha ainda lembrou que o time treinava na Praça do Athletico, em frente ao estádio.
"Era muito ruim. Tinha dia que o Hélio dos Anjos, técnico em 94, pedia para avisar que era para a gente treinar fora. Eu falava com a secretária, que me respondia que tinha R$ 50 reais. Era dinheiro para comprar carne para o almoço e salsicha na janta. Às vezes a gente não treinava porque não tinha roupa seca. Era muito difícil"