Torcida do Belgrano invade Curitiba com show na Arena, motor home e parilla na rua
Pela segunda vez, Curitiba foi invadida pela torcida do Belgrano. Os hinchas compareceram em peso para o jogo de ida das oitavas de final da Copa Sul-Americana 2024. O Athletico levou a melhor e venceu, de virada, por 2 a 1, mas não apagou a visita memorável dos hermanos.
A derrota pouco abalou o entusiasmo visitante. A torcida cantou ainda mais forte com o apito final, quando os jogadores da equipe foram reclamar com o juiz boliviano Gery Vargas.
Os argentinos reclamam da anulação do segundo gol, anotado por Reyna, por falta no zagueiro Thiago Heleno e também de uma expulsão do volante Fernandinho, que se envolveu em uma briga com Matías Moreno na etapa final.
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Cerca de quatro mil "Piratas", como é conhecida a torcida do Belgrano, percorreram os quase dois mil quilômetros que separam Córdoba de Curitiba. A viagem, que dura um dia de carro, não foi à toa: essa é a melhor campanha da história do Belgrano em um torneio continental.
Ao se classificar como líder do Grupo C, que tinha o Internacional, a equipe superou a campanha de 2016, quando caiu, nos pênaltis, nas oitavas de final para o Coritiba. Na ocasião, diante do principal rival rubro-negro, os hermanos deram um show no Couto Pereira.
Só que dessa vez, a invasão foi diferente - e mais carismática. Um pequeno grupo dos hinchas, por exemplo, veio em um motor home antigo, apelidada La Novia Blanca (A Noiva Branca, no português). O veículo ainda foi decorado com faixas de papel azuis e viralizou nas redes sociais devido ao mau estado de conservação.
Show na arquibancada da Ligga Arena
Com a distância de 1.977 km entre Córdoba e Curitiba, os argentinos marcaram presença firme e elevaram os coros da torcida rubro-negra.
O duelo começou antes da bola rolar. No aquecimento dos times, enquanto os rubro-negros ainda não lotavam as arquibancadas, as duas torcidas disputavam quem gritava mais alto.
Com a pressão do ataque e depois com o placar favorável, a torcida do Athletico silenciou os argentinos, que seguiram em alto tom fora do estádio.
Contudo, várias ocorrências foram registradas durante a bola rolando. Alguns torcedores jogaram objetos do segundo anel e atingiram rubro-negros que estavam no setor inferior do estádio. Além disso, vídeos com ofensas racistas começaram a ser espalhados nas redes sociais.
Parilla na rua
Além do motor home, outros cinco ônibus estacionaram no entorno da Ligga Arena. Antes do jogo, os argentinos fizeram a tradicional parilla. Na calçada, a grelha foi improvisada com o carbón trazido da Argentina.
Parte do grupo foi recebida na sede da Império Alviverde, torcida organizada do Coxa. Já o restante foi vista circulando no Centro, na região mais próxima dos arredores do estádio rubro-negro.
A festa, regada a cerveja e coca-cola, terminou com a entrada no estádio. Apesar de uma pequena confusão,
Agora a torcida do Belgrano tenta fazer a diferença no jogo da volta. Os times voltam a se enfrentar na próxima quinta-feira (23), às 19h, no estádio Mario Alberto Kempes, em Córdoba.
Para avançar às quartas de final da Sul-Americana, os argentinos precisam vencer por dois gols de diferença. Em caso de empate, o Furacão se classifica. Já em caso de vitória dos hermanos por um gol, a decisão vai para os pênaltis.