Rivais na Libertadores, Atlético-MG gasta quase o dobro que o Athletico com futebol
Rivais pela Libertadores nesta terça-feira (23), às 19h, no Mineirão, Atlético-MG e Athletico vivem realidades distintas quando o assunto é investimento em futebol. Apesar de competirem em nível similar, o Galo gastou quase duas vezes mais do que o Furacão nos últimos cinco anos, de acordo dados dos balanços dos clubes.
O valor investido pelos mineiros entre 2018 e 2022 alcançou a casa de R$ 1,760 bilhão – média de 352 milhões por temporada. Os paranaenses, por outro lado, desembolsaram R$ 923,3 milhões no mesmo período, o que significa orçamento de R$ 184,6 milhões por ano.
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Em 2022, por exemplo, o futebol do Athletico custou R$ 240 milhões, maior número da história do clube. Na comparação direta, o Atlético-MG só não superou essa quantia uma vez nas últimas cinco campanhas, quando colocou R$ 205,1 milhões na bola, em 2018.
E os resultados?
Apesar do investimento quase dobrado em relação ao Rubro-Negro, o Galo não conquistou resultados equivalentes. No período, o time venceu a Copa do Brasil e o Brasileirão (2021), além de quatro estaduais.
Se obteve menos sucesso interno, o Athletico foi mais longe em torneios internacionais. Conquistou duas vezes a Sul-Americana (2018 e 2021) e a Copa do Brasil pela primeira vez (2019), como também colocou quatro títulos estaduais em sua prateleira.
Nos resultados da Série A, vantagem mínima para o Galo, que terminou três vezes na frente do rival na tabela de classificação – o Furacão foi melhor em 2019 e 2022.
Realidades opostas no endividamento
Com R$ 1,571 bilhão em dívidas, o Atlético-MG é o líder no quesito entre todos os clubes do futebol brasileiro. O montante supera R$ 2,1 bilhões com os empréstimos para construção da Arena MRV.
O Athletico até registrou um aumento de sua dívida no último balanço, para R$ 285 milhões. Mas o cenário é totalmente controlado, pois seu patrimônio líquido (R$ 736 mi) é grande o suficiente para quitar o passivo, incluindo a dívida da Arena da Baixada na divisão tripartite com Estado e Município. A questão, aliás, está muito próxima de ser solucionada definitivamente.
Fernando Rudnick é formado em jornalismo e pós-graduado em comunicação esportiva. Sempre repórter, começou a cobrir o dia a dia dos times paranaenses em 2009, quando entrou na Gazeta do Povo. Atualmente, é coordenador do UmDois Es...
