Veto de Petraglia pode fazer Athletico perder até R$ 17 milhões em caso de queda
Receitas de televisão, bilheteria e patrocínios estão entre as principais perdas financeiras que o Athletico vai ter de lidar em caso de rebaixamento no Brasileirão, neste domingo (8), em Belo Horizonte.
Mas se realmente o Furacão jogar a Série B em 2025, o que pode acontecer caso não vença o Atlético-MG, o clube também vai perder uma expressiva quantia financeira por decisão que contou com sua participação direta, três anos atrás.
+ Confira a premiação do Brasileirão 2025
Em 2021, o Athletico foi o único dos 20 clubes da Série A que rejeitou a nova proposta de divisão da premiação do Campeonato Brasileiro. O veto do time paranaense manteve a regra de que as equipes rebaixadas em cada edição do torneio não participem da divisão da premiação.
Assim, o bolo aumenta no rateio entre o campeão e o 16º colocado, mas os quatro últimos não recebem nada da verba paga pela Rede Globo, dona dos direitos de transmissão do Brasileirão.
Ou seja, o Athletico pode perder cerca de R$ 17,8 milhões caso tenha a queda à Segunda Divisão confirmada. O valor é referente ao prêmio máximo que clube pode alcançar na temporada, caso termine na 13ª posição.
O valor mínimo que o Furacão pode deixar de embolsar é de R$ 16,3 milhões, por completar a temporada em 16º lugar – confira a premiação completa por colocação.
Athletico pedia divisão mais igualitária
Na época, o Athletico alegou, segundo apuração do UmDois Esportes, que seu veto foi um protesto em relação à desigualdade das cifras pagas entre os primeiros e últimos colocados do Brasileirão. Nas redes sociais, o presidente Mario Celso Petraglia explicou a posição do clube.
+ Confira a classificação completa do Brasileirão
"Sempre fomos contrários a não distribuição para os 20 clubes que disputam a mesma competição os valores de performance e exposição na TV aberta e fechada!", postou o dirigente.
"Tentamos mudar essa posição, porém não conseguimos, era pegar ou largar! Além da não distribuição até o último colocado tentamos mudar a proporção de 1 x 3 e acabarmos com o privilégio dos 6 primeiros colocados, quais valores somam +- 50% do contrato", continuou Petraglia.
"Esse assunto voltou em 2020 e os clubes resolveram mudar os valores da tabela, acordando a distribuição entre todos, porém, preservando o benefício para os primeiros! Apesar de termos sido 5º classificado em 2019 só concordaríamos se não houvesse o privilégio para os 6 primeiros! O CAP brigou pela distribuição igual para todos, ou na pior das hipóteses uma distribuição linear de 1 x 2 até o 20º lugar!", finalizou o presidente.