Athletico terá terceiro maior contrato de naming rights do Brasil; veja os valores
O Athletico terá o terceiro maior contrato de naming rights do futebol brasileiro ao rebatizar a Arena da Baixada, alcunha do Estádio Joaquim Américo Guimarães, como Ligga Arena. O anúncio oficial acontece nesta quinta-feira (22), em evento tratado pelo clube como um "marco histórico".
Segundo apurou a reportagem do UmDois Esportes, a empresa de telecomunicações Ligga Telecom vai pagar R$ 200 milhões para ter sua marca vinculada ao estádio por 15 anos. O valor representa R$ 13,3 milhões por temporada.
Uma proposta de 30 anos de contrato por R$ 500 milhões chegou a ser colocada na mesa de negociações, mas as partes optaram por fechar pelo período mais curto.
+ Confira a tabela do Athletico no Brasileirão
No Brasil, somente Corinthians e Palmeiras têm acordos mais vantajosos pela cessão da nomenclatura de suas casas.
Inaugurada em 2020, a Neo Química Arena vale R$ 300 milhões ao Timão em um contrato de 20 anos. Quantia e tempo idênticos ao que o Palmeiras negociou em 2013, antes mesmo da inauguração do Allianz Parque.
Nem a Arena MRV, do Atlético-MG, com inauguração no segundo semestre de 2023, bate a negociação feita pelo Rubro-Negro. O Galo vai levar R$ 60 milhões por dez anos de naming rights, podendo estender a parceria por mais cinco anos por outros R$ 30 milhões. Ao todo, seriam R$ 90 milhões por 15 anos.
Athletico pioneiro
Esta não é a primeira vez que a Arena da Baixada recebe outro nome por causa de uma negociação comercial.
Entre 2005 e 2008, o estádio atleticano foi rebatizado de Kyocera Arena, em acordo com a firma de tecnologia japonesa Kyocera. Foi o primeiro caso de naming rights do futebol brasileiro.
Na época, o clube recebeu cerca de US$ 1 milhão por temporada, mas decidiu não renovar o contrato pois buscava valorização de seu ativo. A demora levou 15 anos, mas o Furacão finalmente concluiu outro negócio para gerar uma receita significativa com sua casa.
Quem é a Ligga?
Também patrocinadora do Furacão, a Ligga Telecom é a antiga Copel Telecom, adquirida pelo Fundo Bordeaux, em novembro 2020. Na época da compra, a empresa tinha a obrigação de mudança de nome até 2022.
Renomear o estádio atleticano, então, funciona como uma das estratégias para expandir a marca e também ajudar na fixação junto ao público.
+ Confira a tabela do Athletico na Copa do Brasil
O Bordeaux é comandado pelo investidor Nelson Tanure, nome forte do mercado de investimentos, e conta ainda com a consultoria do ex-ministro das Telecomunicações Hélio Costa, que esteve à frente da pasta entre 2005 e 2010, anos de governo Lula.
A Copel Telecom foi arrematada em leilão por R$ 2,395 bilhões. Contudo, o controle total da empresa passou ao fundo de investimento apenas no último mês de agosto de 2021.