Imprensa do Peru cita “maldição”, coloca Athletico como “temido” e alerta para Vitor Roque
Manhã de terça-feira, dia de começo de Libertadores. A capital peruana Lima amanhece com 14 graus e a promessa, como sempre, de um dia bastante ensolarado. Nos jornais de esportes o espaço é dedicado totalmente para a partida de logo mais, entre Alianza Lima e Athletico, que jogam no Estádio Alejandro Villanueva pela primeira rodada da fase de grupos.
A abordagem em todas as sessões de esporte é a mesma: que o Alianza acabe com a maldição de 11 anos sem vencer uma partida na Libertadores. São 29 partidas seguidas sem qualquer vitória na competição, algo que incomoda e causa calafrios nos aliancistas.
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Começando pelo “Trome”. A capa traz a frase “A romper la maldición” e espera que a equipe de Guillermo Salas possa acabar com o longo tabu, que vem desde 2012, para “transformar 90 minutos ou mais em pura alegria”. A expectativa, segundo o jornal, é de 28 mil presentes no estádio.
“É nossa responsabilidade de transformar a nossa imagem no torneio. Temos um bom elenco”, diz o treinador.
A reportagem ainda cita que o Alianza tem algo “embaixo da manga”: ainda não perdeu em casa, com seis jogos de invencibilidade. Sua última derrota foi há 7 meses. O Trome também fala da joia Vitor Roque, que está na mira do Barcelona.
“O Athletico não é tão temível, porque no ano passado não ganhou nenhum jogo fora de casa na fase de grupos e também não marcou. Esperamos que continue essa tendência”.
“Uma nova história”
Já o “Depor” estampa na capa as principais figuras do Alianza Lima, chamando-os de “pesos pesados” antes da estreia na Libertadores. “Que seja uma festa”, diz.
O texto lembra que Alianza e Athletico voltam a se enfrentar 23 anos depois, ressalta que o clube blanquiazul se reforçou e se gaba do atual bicampeonato local. “Guillermo Chicho Salas confia em seu elenco. Começa um novo sonho e uma nova história. Que tenha um final feliz”.
Além do jejum de 29 jogos, o Depor ainda destaca que o Alianza não venceu times brasileiros nos últimos 10 anos e ressalta o atual aproveitamento do treinador, 83%, e que ainda não perdeu nenhum jogo como mandante.
Em outra página dedicada somente ao Athletico, a manchete “Metem medo?” aborda a confiança do técnico Paulo Turra em uma boa partida. “Viemos para ganhar, nem que seja por 1 a 0”, diz. O texto destaca o objetivo de iniciar a Libertadores com “o pé direito” e também cita os dois títulos da Copa Sul-Americana, além dos vices em 2005 e 2022 da Libertadores. A sequência invicta em 2023, com 18 jogos sem perder, aparece como um pedido de “cuidado” na reportagem.
O Líbero lembra outros títulos do Athletico, como a Copa do Brasil de 2019, o sonho de levantar o troféu mais prestigiado do continente e chama a Baixada de “seu templo”. No final, uma tarja destaca: “Time brasileiro é um dos mais caros do Brasil”.
Por fim, o El Diez avalia a partida contra o Furacão como “muito complicada”, mas ressalta que o Alejandro Villanueva vai estar cheio. “La hinchada también jugará”. O jornal lembra que o Alianza enfrentou três times brasileiros desde a sua última vitória na Libertadores: Palmeiras, Inter e Fortaleza, e perdeu todos.
A reportagem coloca Vitor Roque como “o mais perigoso na parte ofensiva”, “uma das maiores jovens estrelas do Brasil” e avisa sua zaga: “É proibido piscar”. No trecho que ressalta os jogadores brasileiros de qualidade, elogia o atacante atleticano, “a jovem sensação” que é observado de perto por grandes clubes europeias.
“A má notícia é que essa noite vamos ter que enfrentar Vitor Roque”. El Diez também dá espaço ao técnico Paulo Turra, antes auxiliar de Felipão, que “vem com fome de títulos”.