Novo comandante, manutenção de patamar e títulos: o que esperar do Athletico em 2023?
O Athletico terá mais uma temporada cheia de campeonatos em 2023. Paranaense, Libertadores, Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil serão os desafios do ano. A expectativa do clube, claro, é chegar o mais longe que puder em todos e voltar a levantar taças.
Diferentemente das últimas temporadas, o Furacão vai começar o ano utilizando o time profissional na disputa do Estadual. O objetivo é ter um elenco mais preparado para encarar os principais campeonatos do ano.
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Em 2022, por exemplo, o elenco principal fez apenas algumas partidas no começo do ano e sofreu quando pegou jogos decisivos de Recopa, Libertadores e Brasileirão no primeiro semestre. O clube quer transformar o Paranaense então em uma "pré-temporada" mais intensa.
O Furacão sabe que não terá vida fácil em 2023, principalmente depois da subida de patamar de alguns clubes da Série A com as chegadas das SAFs - exemplos de Cruzeiro, Bahia e Vasco, que subiram da B e têm se reforçado bastante. Flamengo e Palmeiras, por sua vez, seguirão com seus altos investimentos.
A tendência é que os campeonatos tenham uma dificuldade maior neste ano. O Rubro-Negro deve seguir sua política de não fazer grandes loucuras em contratações, mas mais forte com o elenco da temporada passada mantido e com reforços pontuais.
Mudanças internas, mas com manutenção do time de 2022
Ainda em 2022, o Athletico passou por mudanças internas. A primeira delas, claro, foi a troca de cargo de Felipão para diretor técnico e a ascensão de Paulo Turra para treinador. Turra terá sua primeira oportunidade como técnico do Furacão, mas, apesar da falta de experiência, pode se beneficiar por já conhecer muito bem o elenco atleticano.
As saídas de Fernando Yamada, ex-diretor de performance, de profissionais do departamento de scouting, e até mesmo do identificado preparador físico Túlio Flores, desligado dias atrás, fizeram parte desta reformulação interna. O clube buscou reduzir a folha salarial para 2023.
No elenco, por outro lado, as mudanças serão pequenas. O Furacão optou por manter o grupo vice-campeão da Libertadores. A expectativa é de evolução na temporada, agora que os jogadores estão mais adaptados ao trabalho de Turra - e Felipão - e mais entrosados.
Do grupo anterior saíram Anderson, Marlos, Orejuela e Matheus Fernandes. O Athletico ainda tentou vender o volante Christian para fazer caixa, mas a negociação com o Bahia não deu certo e ele se junta ao elenco. Já o zagueiro Nico Hernández também não fica, mas ainda não tem destino certo.
O clube também arrumou destino para a maioria dos jovens que não serão aproveitados, como Lucas Halter, Jaderson, Vinicius Mingotti, novamente em busca de reduzir gastos.
E os reforços em 2023, como de praxe, serão pontuais e dentro do orçamento. O atacante Luciano Arriagada, que já tinha acertado desde a metade do ano passado, foi apresentado. Madson será o segundo reforço. O Rubro-Negro ainda deve buscar um zagueiro no mercado. Dos emprestados, Zé Ivaldo e Jajá, que se destacaram no Cruzeiro, vão compor o elenco principal.
Campeonatos: manutenção do patamar e títulos
Em 2023, o objetivo do Athletico deve ser seguir entre os principais clubes nacionais. Ficar no patamar de cima é sinônimo de bons resultados e, com isso, grandes retornos financeiros. No ano passado, por exemplo, o clube faturou mais de R$ 117 milhões.
Se somarmos as últimas cinco temporadas, em que beliscou títulos e esteve sempre em boas posições, o Rubro-Negro rompeu a casa de R$ 400 milhões em premiações. O faturamento alto é mais que importante para um ciclo vitorioso de uma equipe.
Dos campeonatos, o Paranaense então será um teste para a temporada. Mas é sempre bom erguer uma taça - o Athletico venceu a última vez em 2020. O foco principal do ano será novamente fazer uma grande Libertadores e - quem sabe - levantar a inédita taça, que duas vezes escapou. O clube será cabeça de chave de grupo mais uma vez.
No Brasileirão e na Copa do Brasil - que o Furacão entra na terceira fase - o objetivo será superar os adversários de alto investimento nacional, fazer competições equilibradas e alcançar a melhor posição possível - como já vem fazendo nos últimos anos.