Athletico tem marca insana e Lucho na "cadeira elétrica"
Atualmente comandado por Lucho González, o Athletico é conhecido por ser um "moedor de treinadores". O Rubro-Negro teve 11 comandantes, sem contar os auxiliares, nos últimos quatro anos.
O Furacão é único time da Série A que nunca teve um técnico de janeiro a dezembro neste século.
A título de comparação, o Palmeiras teve apenas Abel Ferreira neste período. Com relação aos outros clubes da Série A, apenas o Vasco, com 12 técnicos, teve mais trocas. O Cruzeiro, também com 11 treinadores, e o Vitória, com 10, aparecem perto do Furacão, na sequência.
+ Confira a tabela completa do Athletico no Brasileirão
Ídolo como jogador, Lucho chegou com a missão de salvar a equipe do rebaixamento, assumindo posição na "cadeira elétrica" de técnico do Furacão.
O argentino começou mal, mas tem ajeitado a casa. Mesmo com diversos desfalques jogo a jogo, tem encontrado soluções.
O aproveitamento de Lucho, que era 12% (sete derrotas em oito jogos), aumentou para 30%, após vitórias sobre Atlético-MG e Atlético-GO, além do empate contra o Bahia.
Apesar da melhoria, a permanência do argentino não é garantida, apesar da vontade do diretor Paulo Autuori. O dirigente já revelou que gosta de treinadores jovens e que serve como um escudo, além de orientar os profissionais. É o caso de Lucho, que tem um trabalho bastante integrado com a comissão rubro-negra.
Neste momento, a equipe está na 13ª posição e com 41 pontos, quatro a mais que o Criciúma, que abre a ZR. Contudo, os catarinenses visitam o Fluminense nesta terça-feira (26), em duelo direto contra o descenso.
Já o Athletico se prepara para o jogo contra o Flu, por coincidência. As equipes se enfrentam no domingo (1), às 18h30, na Ligga Arena, em Curitiba.
Athletico e as trocas excessivas de treinadores
A diretoria rubro-negra já deixou claro que o principal erro da gestão foi a exaustiva troca de treinadores. Na visão de Autuori, as escolhas por novas filosofias atrapalharam o desenvolvimento e o potencial dos jogadores.
O clube apostou no colombiano Juan Carlos Osorio para o centenário, mas o treinador não sobreviveu nem ao fim do Estadual.
Quem chegou para conquistar o título paranaense foi Cuca, que colecionou polêmicas. Após três tropeços seguidos e uma entrevista coletiva sugerindo a própria saída, o auxiliar Juca Antonello assumiu o time de forma interina.
O uruguaio Martín Varini veio na sequência, mas foi demitido na véspera da eliminação para o Racing, nas quartas de final da Sul-Americana, mesmo tendo vencido o jogo de ida por 1 a 0. Os resultados no Brasileirão ampliaram a pressão sobre ele, que acabou sucedido por Lucho.
Atheltico tem marca negativa entre grandes brasileiros
O Furacão é único time da Série A que nunca teve um técnico de janeiro a dezembro neste século.
Os mais longevos foram Tiago Nunes, que assumiu interinamente em junho de 2018 e ficou até o início de novembro de 2019, e Paulo Autuori, atual diretor, com trabalho de março de 2016 a maio de 2017, quando se tornou diretor.
Já em 2011, temporada do rebaixamento, foi o ano em que o Athletico bateu o recorde deste século, com seis técnicos diferentes. Naquele ano, Sérgio Soares, Leandro Nehues (interino), Geninho, Adílson Batista, Renato Gaúcho e Antônio Lopes estiveram no comando da equipe.
Athletico: confira a lista de técnicos nos últimos anos
- 2021: António Oliveira e Alberto Valentim
- 2022: Alberto Valentim, Fábio Carille e Felipão
- 2023: Paulo Turra e Wesley Carvalho (interino)
- 2024: Juan Carlos Osorio, Cuca, Martín Varini e Lucho González