Mercado da bola

Athletico fatura mais de R$ 100 milhões com saídas, mas limita investimentos nesta janela

Varini em Athletico x Ypiranga

Mesmo com as saídas do goleiro Bento e do volante Alex Santana, concretizadas nesta semana, o Athletico não deve contratar nem sequer mais cinco atletas para o ano do centenário.

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Com a janela de transferências aberta desde o dia 10, o Furacão ainda não anunciou nenhum reforço. A postura tímida, principalmente comparada com os rivais, faz contraste com os valores das vendas.

Nos dois últimos negócios, o Athletico embolsou mais de 20 milhões de euros, ou seja, mais de R$ 115 milhões. Bento saiu para o Al Nassr, da Arábia Saudita, por 18 milhões de euros (cerca de R$ 107 milhões). Já Santana foi vendido ao Corinthians por cerca de 2,5 milhões de euros (R$ 14,8 milhões).

Isso tudo se soma ao superávit recorde em 2023, com valor acima de R$ 380 milhões. Mesmo com números tão positivos, o clube não deve fazer grandes investimentos.

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O entendimento é que foi gasto um valor alto no início deste ano. Foram mais de R$ 70 milhões investidos, principalmente nas chegadas dos gringos.

O clube apostou alto no lateral-direito Leo Godoy, no zagueiro Mateo Gamarra, no volante Felipinho e nos atacantes gringos Lucas Di Yorio, Gonzalo Mastriani e Romeo Benítez. Além disso, o volante Gabriel e o meia Nikão também chegaram por empréstimos.

Quem pode chegar no Athletico?

A avaliação interna é que a equipe tem necessidade de mais um zagueiro e um atacante de lado.

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Na defesa, o técnico Martín Varini conta com apenas três defensores: Thiago Heleno, Kaique Rocha e Mateo Gamarra. Marcão e Belezi, das categorias de base, podem ser alternativas em necessidades. Contudo, um nome especulado nos últimos meses foi do experiente Iago Santos, que está com 32 anos e joga atualmente pelo Al Shabab, da Arábia Saudita.

Quem também esteve no radar do Furacão é o lateral-esquerdo Alex Sandro, que também atuou como zagueiro na Juventus, da Itália. Livre no mercado, o jogador está treinando no Hope Internacional, que disputa da terceira divisão do estadual, para manter a forma. Contudo, Alex Sandro ainda tem propostas do São Paulo e também para seguir na Europa – o Porto e o futebol turco também estão atrás do atleta.

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Já em relação aos atacantes pelos lados, o rodízio no setor é constante mesmo com as trocas dos treinadores. O retorno de Agustín Canobbio ajuda e vale lembrar que Julimar ganhou espaço nas últimas semanas, principalmente com as lesões de Nikão e Tomás Cuello.

Um nome que ganhou destaque foi do ponta Léo Chú, do Seattle Seanders, da liga dos Estados Unidos. Revelado nas categorias de base do Grêmio e com passagem pelo Ceará, Chú perdeu espaço em Seattle e pode ganhar destaque no Athletico.

Outra peça que pode pintar em Curitiba é do atacante Pedro Rocha. O jogador, atualmente no Fortaleza, defendeu o Rubro-Negro em 2022 e participou da conquista da Sul-Americana daquele ano. A passagem ficou marcada com oito gols em 45 jogos. Agora, o retorno é uma possibilidade. Pedro Rocha estava negociando com o Grêmio nos últimos dias, mas o negócio pode se tornar uma oportunidade de mercado para o Furacão.

Entretanto, mais um fator ainda pesa para negócios. O técnico Martín Varini chegou há uma semana no clube e ainda está conhecendo melhor o elenco. Segundo o próprio treinador, as conversas sobre contratações com as diretorias iriam acontecer ao longo do tempo. Além disso, o comandante faz questão de elogiar o elenco em todas as entrevistas, o que entra em comum com o acordo do presidente Mario Celso Petraglia.

Petraglia descartou “loucuras”

Petraglia, presidente do Athletico

Após ser cobrado por contratações, Mario Celso Petraglia usou as redes sociais nesta semana para dizer que o Athletico não vai cometer nenhuma loucura. Com isso, o clube fica monitorando oportunidades de mercado.

O dirigente lembrou que o clube fez o pagamento do acordo tripartite da Ligga Arena e que os investimentos serão maiores só com a venda da SAF. “Deixamos claro que o CAP bateu no teto, pelas razões claras e objetivas, precisamos nos transformar em SAF com entrada de capital”, reafirmou Petraglia.

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Carneiro & Mafuz #38

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