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Athletico encerra parte das categorias de base e pais ficam revoltados: “Desespero”

CT do Caju, do Athletico

De maneira repentina, o Athletico anunciou o fim das categorias sub-9, sub-10 e sub-11 na base do clube. A decisão foi anunciada em reunião os pais das crianças nesta segunda-feira (1).

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O recado foi dado por Felipe Gil, gerente geral das categorias de formação, e Próspero Paoli, coordenador técnico-metodológico. Segundo o comunicado, os treinamentos foram mantidos até esta quinta-feira (4).

A decisão afeta mais de 50 crianças. Além de várias famílias serem de fora de Curitiba, os jogadores mirins não podem atuar por outros clubes do Estado, já que disputaram os torneios pelo Athletico.

Segundo apuração do UmDois Esportes, a decisão do Athletico pegou de surpresa até mesmo os funcionários do clube. Além disso, a ideia seria encerrar também as atividades do sub-12 e do sub-13, o que foi revertido internamente, pelo menos a curto prazo.

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Os treinadores não foram desligados até o momento. Contudo, os profissionais vivem momento de alerta.

Pais de atletas da base do Athletico ameaçam protesto

Quatro pais de crianças relataram ao UmDois Esportes como foi a reunião e como está a situação das famílias. Todos falaram sob a condição do anonimato.

“Chamaram no CT só para comunicar, aí foi um desespero. As crianças chorando, os pais chorando. Simplesmente falaram ‘acabou', que era ordem da diretoria e que estavam repassando. Nada de justificativa ou que vai alinhar, direcionar para as escolas Furacão. Os torneios que estavam em andamento foram cancelados. Vão estar fora e eliminados”, relatou um deles.

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Um comentário de todos os ouvidos é que o Athletico foi quem buscou as crianças, que agora estão dispensadas. O clube afirma que os meninos teriam ‘vida longa' no convencimento dos familiares.

“O Athletico prometeu que trataria a gente com cuidado e zelo. Tudo que falavam do Athletico, que tem uma das melhores bases e que pensam no ser humano, era verdade até sexta-feira. De sexta para cá, o clube virou um inferno. A gente não sabe o que aconteceu de fato”, avalia outro pai ouvido pela reportagem.

“Pais, mães e crianças chorando e não ouve comoção da parte deles. Mesmo com tudo isso, as pessoas que estavam lá na frente disseram que foi uma ordem da presidência e eles tinham que acatar. Tem pais do Amazonas, do Rio de Janeiro, do interior do Estado. Os meninos pegaram amor ao clube, iam nos jogose torciam… O que o Athletico fez foi travar a vida de mais de 50 meninos”, completa.

A revolta dos familiares aumenta pelo fato do Furacão não ter garantido nenhum tipo de ajuda. Nesse cenário, parte dos familiares quer organizar um protesto em frente ao CT do Caju para dar maior destaque ao sofrimento das famílias.

Contudo, parte deles ainda acredita que a decisão possa ser revista, pelo menos de forma provisória. A sugestão é que as categorias sub-9, sub-10 e sub-11 continuem em atividade até o fim do ano.

“Se eles falassem que vai até o final do ano, as pessoas se organizam. Ninguém pediu para estar no Athletico, o clube que foi atrás dos pais. Largaram a vida deles para vir atrás do sonho do filho”, conta outro pai.

O Furacão ainda não se manifestou de forma oficial, nem no site e nem pelas redes sociais, sobre o encerramento das atividades das categorias. Procurado pelo UmDois Esportes, o clube também não respondeu aos questionamentos.

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