Derrota do Athletico é marcada por homenagem a Jackson e protestos contra diretoria
O alerta geral está ligado no Athletico. Com quatro pontos a mais que o Corinthians, primeiro time na zona de rebaixamento, e a sete jogos sem vencer na Ligga Arena pelo Brasileirão, a pressão se eleva na parada para a Data FIFA. O Furacão volta a campo contra o Vasco, pelo jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil, no dia 11 de setembro, quarta-feira.
Na derrota para o Palmeiras por 2 a 0, a torcida perdeu a paciência. "Vergonha" e "time de m****" foram os gritos mais fortes das arquibancadas, que ainda ofendeu e cobrou o presidente Mario Celso Petraglia. O diretor financeiro Márcio Lara também foi alvo da torcida, que pediu a saída do dirigente.
Já o técnico Martín Varini foi alvo de gritos avulsos. Os torcedores se irritaram com as substituições do intervalo: Erick e Mastriani saíram para as entradas de Leo Godoy e Di Yorio.
+ Confira a tabela completa do Brasileirão Série A
Por outro lado, o único que foi exaltado pelos rubro-negros foi o goleiro Mycael. O jovem de 20 anos foi titular já que Léo Linck foi preservado após sofrer uma pancada na cabeça no jogo contra o Vasco, pela Copa do Brasil.
Apesar do tropeço, Mycael foi fundamental. Ele fez sete defesas importantes e evitou um placar ainda mais elástico.
Homenagem a Jackson distoa em crise do Furacão
O que salvou a noite rubro-negra foi a homenagem a Jackson Nascimento. Com 100 anos de vida, ele recebeu a maior homenagem feita pelo Athletico a um ídolo vivo.
O supercraque do Furacão nas décadas de 1940 a 1950 ganhou um mosaico 3D. Além disso, no intervalo, ele recebeu uma camisa com o número 100 e se levantou da cadeira de rodas para marcar um gol simbólico. Para completar, ainda viu a torcida rubro-negra cantar parabéns.
Segundo maior artilheiro da história do Athletico, com 143 gols, Jackson completou o centenário em dia 24 de agosto. Ele ainda detém a marca de maior goleador rubro-negro da história do Atletiba ao lado de Marreco, com 15 gols.
Nascido em Paranaguá e criado em Antonina, o goleador veio estudar em Curitiba no Internato Liceu Rio-Branco e começou a jogar no juvenil do Athletico em 1942.
Campeão paranaense em 1945, ele integrou o time lendário de 1949, que fez com que o clube fosse reconhecido como Furacão. A equipe entrou para a história com dez vitórias seguidas e 49 gols marcados. Jackson estava ao lado de Caju, Waldomiro, Sanguinetti, Nilo, Viana, Neno e Cireno, entre outros, sob o comando do técnico Motorzinho.
Negociado com o Corinthians em 1950, Jackson voltou ao Athletico em 1953. Jogando de graça, foi artilheiro do Paranaense com 21 gols. O craque decidiu se aposentar em 1957, aos 30 anos, e depois atuou no clube em diversos momentos, seja como dirigente ou na comissão técnica do título estadual de 1958.
+ Dorival Júnior marca presença na Ligga Arena para assistir Athletico x Palmeiras