Athletico decide vaga contra o Botafogo no ápice de sua instabilidade defensiva
O Athletico de Paulo Turra chega à partida contra o Botafogo, nesta quarta-feira (31), às 21h30, no Rio de Janeiro, vivendo o ápice de sua instabilidade defensiva na temporada.
O Furacão avança às quartas de final da Copa do Brasil com um empate, mas o desafio é conseguir sair do Estádio Nilton Santos sem tomar gol, o que aconteceu apenas uma vez nos últimos 12 jogos.
+ Confira a tabela da Copa do Brasil
O retrospecto das cinco partidas mais recentes preocupa os atleticanos. Foram dez gols sofridos, exatamente dois por jogo – nas vitórias sobre Coritiba e Botafogo e nas derrotas para Bragantino, Atlético-MG e Grêmio.
Para dificultar o cenário, o rival tem o terceiro melhor ataque entre os times da elite em 2023, com 62 gols, atrás apenas de Flamengo e Fortaleza.
"No momento que tu tem uma equipe que procura sempre o ataque, marcar pressão na saída de jogo e impondo pressão com a bola, lógico que tu fica mais vulnerável atrás", admite o técnico, que busca encontrar um "equilíbrio" entre ataque e defesa.
Queda de desempenho
O nível do campeonato, obviamente, conta muito, mas é impossível negar que houve uma queda de desempenho do setor defensivo do Athletico após o Paranaense. No Estadual, a equipe sofreu apenas nove gols em 17 jogos – média de 0,52 por partida – e não foi vazada em dez duelos.
Contando os 15 jogos do Furacão por Libertadores, Brasileirão e Copa do Brasil, a média sobe para 1,2 gol sofrido por jogo. Foram 19 ao todo, em um período em que o time venceu oito jogos, empatou um e perdeu seis, com aproveitamento de 55%.
Na competição continental, foram quatro gols sofridos em quatro jogos. Pela Série A, 11 em oito rodadas, enquanto na Copa do Brasil, o conjunto atleticano cedeu quatro em três partidas.
Os números de Turra são melhores, por exemplo, do que os obtidos no fim do trabalho de Felipão, hoje diretor técnico no comando do Rubro-Negro. Scolari venceu 37,7% dos pontos disputados nos últimos 15 jogos como treinador, com 23 gols sofridos (1,5/jogo).
O início de Felipão, contudo, nem se compara à campanha de Turra nos principais torneios (sem levar em consideração o Estadual). O veterano obteve 80% de aproveitamento nos 15 primeiros confrontos e montou uma defesa sólida (0,8 gol/jogo).
Apesar do alto índice de gols tomados, o Athletico de Turra tem se notabilizado pelas viradas conseguidas na temporada. Foram oito ao todo, cinco delas após o Paranaense.
"A gente não coloca o ônibus lá atrás e fica só se defendendo, nós propomos o jogo. Às vezes se consegue buscar, às vezes não", ressalta o técnico campeão estadual invicto, agora diante do teste mais importante da temporada até aqui.