Problema histórico

Mas já? Barbieri responde sobre pressão em cargo no Athletico

Por
Rafaela Rasera
13/01/2025 08:20 - Atualizado: 13/01/2025 08:20
Barbieri, técnico do Athletico
Barbieri, técnico do Athletico | Foto: José Tramontin/Athletico

Ainda no jogo de estreia pelo Athletico, na vitória contra o Paraná, o técnico Maurício Barbieri já falou sobre um problema histórico do clube e que marcou, principalmente, a temporada do rebaixamento em 2024.

A alta rotatividade no comando técnico é um marco negativo de décadas do Furacão. Só neste século, o time nunca teve um treinador que começasse e finalizasse a temporada no comando. Mas Barbieri diz não ter medo das trocas incessantes, que trata como "um tabu".

"Acho que os tabus estão aí para serem quebrados. Se eu tiver a minha cabeça muito voltada para isso, não vou conseguir fazer o que preciso fazer, que é o foco no dia a dia, desenvolver atletas", disse o técnico, em entrevista coletiva após o jogo.

Só na última temporada, o Rubro-negro teve cinco treinadores: Juan Carlos Osório, Cuca, o auxiliar Juca Antonello, Martín Varini e Lucho González.

Para o treinador, o foco deve ser o desenvolvimento da equipe. Com muitas saídas e reforços chegando, Barbieri tem o desafio de criar entrosamento num time que perdeu seus principais, e contestados, jogadores de 2024. Por isso, o clube escolheu iniciar o Paranaense com o elenco principal.

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"A gente já tem um desafio grande. Muitas equipes fizeram a escolha de começar o Estadual com times alternativos, e a gente está optando por começar da maneira mais forte possível. Isso também tem seus prós e contras. É um desafio grande, mas me sinto preparado, muito motivado e com vontade de responder essa pergunta de outra forma no final do ano", afirmou.

Barbieri vê cobrança da torcida do Athletico como "herança"

Técnicos Argel e Barbieri em clássico marcado por lance bizarro
Técnicos Argel e Barbieri em clássico marcado por lance bizarro

Com um início de temporada marcado por protestos da torcida do Athletico, que levou faixas contra a atual diretoria e questionou o uso do caixa do clube, Barbieri disse entender a postura dos torcedores.

"A gente sabe que o torcedor está machucado. Existe um sentimento grande que eles fizeram a parte dele, e o que não dependia deles não se deu. O torcedor sabe que eu e outros não estávamos, mas a partir do momento que a gente pisa dentro do clube, essa também é uma herança nossa. Só vamos mudar isso com trabalho. Nosso papel é mostrar que merece apoio da torcida e se sinta identificado com a maneira como a gente joga", pontuou.

Antes do jogo, a torcida distribuiu notas falsas de dinheiro com críticas ao presidente Mario Celso Petraglia, o mandatário também foi xingado em diversos momentos do jogo pela arquibancada.

Técnico do Athletico opina sobre mercado e formação de lideranças

Depois de dispensar as antigas lideranças que protagonizaram o rebaixamento no centenário, com a saída de ídolos como Nikão, Fernandinho, Erick e o afastamento de Thiago Heleno e Pablo, o Furacão busca a formação de novos líderes.

Em campo, quem esteve com a faixa de capitão foi o zagueiro Léo Pelé, um dos reforços da temporada. Barbieri comentou sobre a escolha e enfatizou a importância da criação de novos líderes no grupo.

"Em relação às lideranças, é um contexto desafiador. O Léo já exerceu essa função em clubes que passou e tem essa característica. Algo fundamental agora é ajudar não só o Léo, mas desenvolver outras lideranças também. É um aspecto fundamental quando a gente está falando de grupo de pessoas, as lideranças têm papel importantíssimo. O Léo se comportou muito bem, ele pode nos ajudar fazendo essa função e ajudando a criar outros líderes", opinou.

O técnico também falou sobre possíveis saídas do time, sem dar muitos detalhes, e disse que o Furacão quer valorizar os seus ativos, apesar do rebaixamento. O atacante Cuello é um dos jogadores com saída encaminhada para o Atlético-MG.

"A janela está aberta, a gente conversa diariamente sobre o que achamos ideal, mas vão chegar ofertas. O mercado acaba vendo dessa maneira, que por conta do descenso, ele teria uma facilidade de buscar jogadores que têm um bom nível", destacou Barbieri.

atacante Mastriani e o meia Zapelli seguem no elenco, mas também estão sendo especulados em outros clubes. O primeiro interessa ao Vitória, enquanto Zapelli estaria na mira da Udinese, da Itália. Mesmo caso do lateral-esquerdo, Lucas Esquivel, alvo do River Plate-ARG.

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