Especial

Athletico faz 97 anos e festeja década mais vitoriosa de sua história

Por
Daniel Malucelli
26/03/2021 11:45 - Atualizado: 29/09/2023 20:00
Athletico enfileirou taças nos últimos anos
Athletico enfileirou taças nos últimos anos | Foto: Arquivo Gazeta do Povo

O Athletico chega aos 97 anos nesta sexta-feira (26) e festeja década mais vitoriosa de sua história. Restando ainda três anos até o centenário, o Furacão enfileirou taças desde que virou um "noventão". Nos últimos sete anos, o clube conquistou Copa do Brasil, Copa Sul-Americana, Levain Cup e quatro estaduais, sendo os três últimos em sequência.

Além disso, o Rubro-Negro disputou no período quatro vezes a Libertadores: em 2014, 2017, 2019 e 2020 – só em 2014 não passou da primeira fase. Nas demais, o clube chegou às oitavas de final, sendo nas duas últimas eliminado por Boca Juniors e River Plate.

Mais do que conquistas, não faltaram jogos históricos nos últimos anos. Contra Boca Juniors, River Plate, Junior Barranquilla, Flamengo, Grêmio, Internacional, Coritiba e por aí vai.

Técnico das principais conquistas, Tiago Nunes lista a vitória e derrota mais marcante

Técnico das principais conquistas no período, Tiago Nunes, atualmente sem clube, descreve a partida mais marcante para ele.

“Foi uma honra participar dessa história mesmo que de forma pequena. É algo que me deixa muito envaidecido. Na perspectiva dos jogos, foram muitos. Mas eu posso elencar o 2 a 0 na semifinal da Copa do Brasil 2019 contra o Grêmio. Pela conjunção de torcida e equipe naquele dia. Foi um dia extraordinário”, recorda.

Tiago Nunes comemora ao lado de Bolinha vitória heroica sobre o Grêmio nos pênaltis. Foto: Jonathan Campos/Arquivo/Gazeta do Povo
Tiago Nunes comemora ao lado de Bolinha vitória heroica sobre o Grêmio nos pênaltis. Foto: Jonathan Campos/Arquivo/Gazeta do Povo

Também em 2019, o Athletico fez jogos memoráveis contra os gigantes argentinos Boca e River. Na fase de grupos da Libertadores, o histórico 3 a 0 em cima de Carlitos Tevez e cia. Contra o River, o vice na Recopa Sul-Americana foi a derrota que mais o marcou, mas serviu de aprendizado.

“Aquele jogo fez o grupo crescer. A gente perdia por 1 a 0 e no finalzinho tomamos um gol. Aí no desespero, lá pelos 49 minutos, levamos o terceiro. Essa derrota nos fez repensar e até mudar alguns treinamentos, no nosso ritmo de jogar. Entendemos que para competir contra os melhores da América teríamos que ser mais competitivos”, revela o técnico de 41 anos, sem clube no momento.

Cria do Caju, Pablo agradece suporte do Athletico e relembra noite especial

Criado no CT do Caju, o atacante Pablo relembra com carinho os 12 anos que viveu no Athletico. Atualmente no São Paulo, o jogador foi peça-chave na campanha da Sul-Americana 2018, primeiro título internacional da história do clube.

“Foram muitos momentos marcantes na minha trajetória. Meu primeiro gol e último gol na base. Meu primeiro gol como profissional. Mas os últimos dois gols que fiz pelo Athletico, nas finais contra o Junior, lá em Barranquilla e na Arena. Todo aquele sonho de criança que eu vivi no clube, eu pude retribuir”, relembra o atacante de 28 anos.

"Cara feia" na comemoração foi a marca de Pablo na Sula. Albari Rosa/Gazeta do Povo
"Cara feia" na comemoração foi a marca de Pablo na Sula. Albari Rosa/Gazeta do Povo

Pablo também cita o cuidado que o Athletico tem com a base. Em 2017, o atleta superou um dos períodos mais difíceis de sua vida profissional e pessoal quando o pai sofreu um rompimento de uma válvula no coração.

"Eu cheguei no clube como um menino com 13 anos e sai um grande homem. Tenho muito respeito e só posso agradecer. Quando meu pai estava internado o clube me deu total apoio. Eu sou muito grato ao que o clube proporcionou a mim e à minha família. Eles me deram toda a educação, todo esse cuidado com a criança, com o adolescente que eles têm. Foi muito importante", agradece Pablo.

 Pablo abraça Mario Celso Petraglia após título da Sul-Americana. Lineu Filho/Tribuna do Paraná
Pablo abraça Mario Celso Petraglia após título da Sul-Americana. Lineu Filho/Tribuna do Paraná

A guinada para o sucesso do Athletico e uma dúvida para o futuro

Jornalista com mais de 50 anos de carreira e colunista do UmDois Esportes, Carneiro Neto compara e explica mudanças para a guinada do Furacão.

"Se nós pegarmos o passado do clube, que foi glorioso até a existência do 'Furacão' de 1949, da sua fundação o Athletico Paranaense só cresceu. Sofreu um período de estagnação com o final do 'Furacão'. Na década de 50, 60 e 70 foram apenas dois títulos", analisa Carneiro.

"Depois em 1982 o clube voltou a ser campeão e iniciou uma nova trajetória sob um grupo chamado Retaguarda Atleticana. Jovens empresários, não necessariamente paranaenses. Gaúchos, como Mario Celso Petraglia, catarinenses, como Valmor Zimmermann, entre outros, deram uma nova perspectiva ao Athletico", finaliza Carneiro.

Mas para o cronista, o futuro deve ser discutido. E uma pergunta é lançada: "Se o Athletico conseguir se manter como está, já seria muito bom. Mas como será o amanhã, quando Mario Celso Petraglia, que foi o grande líder dos últimos 25 anos, deixar a presidência?".

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