Libertadores

Altos, baixos e emoção de sobra: a trajetória do Athletico como vice da Libertadores

Uma trajetória de altos e baixos na fase de grupos e de muita emoção nos mata-matas. Foi desta forma que o Athletico chegou à final da Libertadores. Na grande decisão, uma expulsão contribuiu para a vitória do Flamengo por 1 a 0, no sábado (29), em Guayaquil, no Equador.

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O UmDois Esportes relembra como foi a trajetória atleticana na competição.

Fase de grupos: altos e baixos

Pela primeira vez na história, o Athletico foi cabeça de chave de um grupo da Libertadores. E teve ajuda do sorteio com adversários considerados acessíveis: Caracas-VEN, Libertad-PAR e The Strongest-BOL. A expectativa era que o Furacão conquistasse facilmente a classificação e em primeiro lugar. Mas não foi bem assim.

Logo na estreia, um empate complicado com os venezuelanos fora de casa ainda sob o comando de Alberto Valentim: 0 a 0. Na segunda rodada, já com Fábio Carille como técnico, venceu apertado o The Strongest por 1 a 0, em pênalti cobrado por Terans. O terceiro rival do grupo foi o Libertad. No Paraguai, derrota por 1 a 0, com direto a pênalti perdido por Pablo.

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No returno dos grupos, um duro golpe dos bolivianos: 5 a 0 na altitude de La Paz. O jogo evidenciou o problema das bolas áreas defensivas e custou o cargo de Carille. Mas foi a partir deste vexame que tudo mudou. Felipão chegou para dar confiança e classificar a equipe.

Na Arena da Baixada, duas vitórias nas rodadas restantes: 2 a 0 sobre o Libertad com gols dos gringos Cuello e Canobbio; e goleada por 5 a 1 sobre o Caracas, maior resultado do clube na história da Libertadores. Mas, mesmo com os placares, o time classificou-se na segunda posição, por um gol a menos.

Caracas 0x0 Athletico
Libertad 1×0 Athletico
Athletico 5×1 Caracas
Athletico 1×0 The Strongest
The Strongest 5×0 Athletico
Athletico 2×0 Libertad

Mata-matas: emoções nos últimos minutos

Quis o destino – o sorteio – que o Athletico encontrasse novamente o Libertad pelo caminho. Pelas oitavas de final, o Furacão venceu o primeiro jogo por 2 a 1, com gols de Vitor Roque e Nico Hernández, na Arena da Baixada.

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No Paraguai, jogo agitado. O Libertad abriu o placar com Roque Santa Cruz no primeiro tempo, mas o jovem Rômulo apareceu no último minuto para empatar e dar a classificação ao Rubro-Negro.

Libertad 1×1 Athletico
Athletico 2×1 Libertad

Já nas quartas de final, o rival foi o argentino Estudiantes, tetracampeão da Libertadores. E novamente um duelo decidido nos acréscimos. O jogo de ida, na Arena da Baixada, teve pênalti para o Athletico anulado pelo VAR, gol também invalidado por impedimento e um 0 a 0 tenso no placar.

A volta em La Plata também teve um roteiro dramático. O Estudiantes teve um gol de Lollo anulado e perdeu oportunidades claras. E, quando tudo se encaminhava para os pênaltis, apareceu o garoto Vitor Roque, de 17 anos, para marcar de cabeça, aos 50 minutos do segundo tempo, e deixar o estádio e os jogadores sem acreditarem no que tinha acontecido: o Athletico estava nas semifinais da Libertadores após 17 anos.

Estudiantes 0x1 Athletico
Athletico 0x0 Estudiantes

Duelo brasileiro nas semifinais: Athletico x Palmeiras. Confronto que já tinha decidido a Recopa na temporada, com título para os paulistas. A missão de desbancar os então bicampeões da Libertadores era complicada.

Na Arena da Baixada, o Furacão fez o dever de casa e venceu por 1 a 0, com gol de Alex Santana – foi o primeiro dele com a camisa atleticana. A vantagem mínima, no entanto, foi igualada logo aos três minutos no jogo de volta: Gustavo Scarpa marcou para o Palmeiras. Gustavo Gómez ampliou para o time paulista no começo do segundo tempo.

Quando parecia que a final estava mais longe, Pablo e Terans saíram do banco de reservas para igualarem aos 19 e aos 40 minutos: 2 a 2. Festa atleticana no Allianz Parque em mais um duelo emocionante da fase eliminatória. Dos altos e baixos na competição, o Athletico chegou com moral para a decisão contra o Flamengo.

Palmeiras 2×2 Athletico
Athletico 1×0 Palmeiras

Grande final: expulsão foi determinante

O Athletico começou melhor a grande final e taticamente não dava espaços ao Flamengo. Mas a expulsão do zagueiro Pedro Henrique, após dois amarelos, no fim do primeiro tempo, foi determinante para a derrota. Foi no espaço deixado pelo zagueiro, que Gabigol apareceu livre para marcar. O Furacão tentou buscar o empate no segundo tempo, mas não conseguiu e terminou a campanha com o vice-campeonato.

Pedro Henrique foi expulso contra o Flamengo
Gabigol comemora gol do Flamengo sobre o Athletico
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