Análise

17 anos depois, Athletico volta à final da Libertadores. E com mais maturidade

Jogadores do Athletico comemoram

Athletico mostrou poder de superação para buscar o empate.

17 anos depois, o Athletico está na final da Libertadores. Assim como em 2005, um 2 a 2 no jogo de volta carimbou o a vaga do Furacão para a decisão continental. Só que, ao contrário daquela vez, no México, contra o Palmeiras, nesta terça-feira (6), foi com muita emoção e superação.

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Depois de sair perdendo por 2 a 0, os comandados por Felipão e Paulo Turra mostraram uma segurança e experiência para não sentir o baque e arrancar o empate. Graças também ao banco de reservas – Pablo e Terans entraram e marcaram.

Mais do que uma organização tática, o Rubro-Negro teve vontade e calma. Mudou o estilo, foi para cima com quatro atacantes, mas contou também com o brilho dos autores dos gols. Pablo precisou de dois minutos em campo para ver a bola sobrar em seus pés. Terans contou com um desvio oportunista para vencer Weverton.

Athletico viu a estratégia cair com poucos minutos

Lances que mudaram um jogo que poderia custar caro ao Athletico. Antes de a bola rolar, a escalação mostrava que o Furacão não iria ficar na retranca, jogando com a vantagem do empate. Só que, assim que o jogo começou, pouco pode se ver como seria o Rubro-Negro.

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Logo com três minutos, em duas falhas individuais, de Fernandinho e Pedro Henrique, o Palmeiras abriu o placar com Gustavo Scarpa. Ali tudo se igualou. E como era de se esperar, os donos da casa foram para cima.

Bento fez boas defesas.

Não foi uma pressão constante, mas deixava o Athletico na defensiva. Situação que poderia mudar para o segundo tempo. No fim da primeira etapa, após consulta do VAR, o árbitro expulsou Murilo.

Com um a mais em campo, o Furacão poderia inverter o jogo. Novamente, na teoria, se esperava algo. Paulo Turra fez três alterações no intervalo, aumentando o poder de criação, com Terans, e com um homem de referência na área, com Rômulo.

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Segundo tempo começou com roteiro semelhante, mas banco decidiu para o Athletico

Porém, logo no início, veio o balde d’água fria. Aos nove minutos, em arremesso lateral de Marcos Rocha, Gustavo Gómez se antecipou e cabeceou para as redes, fazendo 2 a 0.

Em desvantagem e precisando chegar ao gol, o Rubro-Negro foi para cima. Pablo entrou no lugar de Erick, povoando o setor ofensivo. E bastaram dois minutos para o camisa 5 mostrar que tem estrela. Aos 18, Fernandinho fez bela enfiada de bola para Vitinho, que cruzou, Vitor Roque escorou e Pablo, com oportunismo, descontou.

Pablo precisou de dois minutos em campo para marcar.

Com a igualdade no placar agregado, o ritmo da partida caiu. Os dois lados sabiam que um gol poderia custar caro e adotaram a cautela.

Poucas chances criadas, muita bola truncada e faltas no meio faziam com que os pênaltis já fossem aguardados por todos no estádio.

Até que, aos 40, Terans arriscou de fora da área, a bola desviou e parou no fundo do gol. Empate que colocou o Athletico na final.

Ficha técnica

LIBERTADORES
Semifinal – Jogo de volta
06/09/2022

PALMEIRAS 2×2 ATHLETICO

Palmeiras: Weverton, Marcos Rocha (Mayke), Gustavo Gomez, Murilo e Piquerez (Merentiel); Gabriel Menino (Atuesta), Zé Rafael e Bruno Tabata (Luan); Dudu, Gustavo Scarpa e Rony (Wesley). Técnico: Abel Ferreira

Athletico: Bento; Khellven, Pedro Henrique, Thiago Heleno e Abner (Pedrinho); Erick (Pablo), Fernandinho e Alex Santana (Terans); Canobbio (Rômulo), Vitinho e Vitor Roque (Matheus Fernandes). Técnico: Paulo Turra

Local: Allianz Parque (São Paulo-SP)
Árbitro: Estaban Ostojich (URU)
Assistentes: Carlos Barreiro (URU) e Andres Nievas (URU)
VAR: Nicolas Gallo (COL)
Gols: Gustavo Scarpa, 3 do 1º; Gustavo Gomez, 9, Pablo, 18, Terans, 40 do 2º
Cartões amarelos: Gabriel Menino, Weverton (PAL) Alex Santana, Canobbio, Pedrinho, Thiago Heleno (CAP)
Cartão vermelho: Murilo, 46 do 1º
Público total: 40.590
Renda: R$ 4.492.302,63

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